Continuei meu treino diário normalmente. Mais uma vez, meu av? n?o apareceu. Já fazia um bom tempo que ele n?o vinha ver o resultado dos meus treinos.

  Após terminar o treino, fui à biblioteca, um costume que cultivava com seriedade após cada sess?o. Estava lendo um livro chamado “Geomancia”, que abordava temas relacionados à constru??o em combate, utilizando golens para lutar.

  Essa era uma técnica da variante do elemento marrom (terra), sua varia??o era cinza (pedra). Embora n?o fosse necessário ter essa variante para controlar pedras em geral, dizia-se que, para obtê-la, o usuário precisava ter amor pela constru??o. O uso de golens em combate tinha um custo contínuo de mana e exigia um foco extremo para controlá-los perfeitamente. No entanto, com prática e muita mana, um exército poderia ser criado.

  O livro falava sobre um cientista que dominava a terra e, ao despertar sua variante, se tornou obcecado por golens de pedra. Ainda estava entretido no livro quando ouvi uma voz feminina ao meu lado.

  “Por que se interessa em magia de terra?” Percebi a presen?a de Beatrice, aparentemente curiosa, mas sem expressar essa curiosidade.

  “Conhecimento também é uma ferramenta de combate”, respondi, n?o revelando realmente o principal motivo.

  “Ent?o você deveria ler ‘Técnicas Geomanticas’. Esse livro aborda melhor técnicas de luta sobre a terra”, sugeriu Beatrice.

  “Já o li. Realmente aborda de forma mais detalhada o tema de combate, mas a forma como é retratada a emo??o que o cientista teve ao ser respondido por seu próprio golem demonstra uma intera??o única que n?o pode ser realmente descrita. Este livro pode revelar segredos ocultos sobre a manipula??o de pedra, já que é baseado em uma história real”, respondi.

  O livro havia sido baseado na história de Lancelot Chart, um grande mago do passado, que virou o jogo de uma guerra com seus golens.

  “Mesmo que isso revele segredos sobre a manipula??o de pedra, você n?o pode manipular nem mesmo a terra. Ent?o, por qual motivo iria querer descobrir sobre isso?”

  “A água é um elemento muito versátil. Posso acabar descobrindo novas formas de usá-la se me basear em outros elementos.” Mesmo que tivesse respondido isso, o verdadeiro motivo para ler o livro era porque gostei da história.

  “Veja.” Criei um golem de água sobre minha m?o.

  Beatrice teve uma rea??o de surpresa ao ver o golem, mas sua express?o voltou ao normal rapidamente.

  “Realmente dá para aprender magia com outros elementos.”

  Após isso, continuamos conversando sobre os livros daquela biblioteca.

  Depois desse encontro, Beatrice e eu come?amos a ler juntos, criando um la?o de amizade entre nós. Também lutávamos as vezes, compartilhando nossos conhecimentos sobre técnicas de lutas.

  Dia:05/02/246.

  O primeiro dia de aula finalmente chegou. Confesso que estava um pouco ansioso para come?ar. Estava em meu quarto me preparando para ir. A academia possuía um código de vestimenta composto por uma cal?a preta e uma camisa preta simples. Uma túnica preta era vestida por cima, com detalhes vermelhos e o símbolo da academia, um olho roxo, posicionado em ambos os ombros na parte lateral.

  Já na academia, antes das aulas, os professores esperavam em um grande sal?o. Após todos, ou quase todos, os novos alunos chegarem, eles fizeram um discurso.

  “Sejam bem-vindos à Academia Arcana de Eldria. A partir de hoje, a verdadeira jornada de suas vidas come?a. Se est?o aqui, significa que possuem talento para serem os maiores magos de Solara, ent?o se esforcem para alcan?ar o ápice de seus poderes.”

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  O discurso continuou, eles falaram sobre as tradi??es e a história da academia, mas eu n?o ligava para isso, ent?o n?o prestei aten??o. Após o discurso, fomos dirigidos a uma salas de aula e tivemos nossa primeira aula.

  Entrei na sala de aula, que estava iluminada pela luz natural filtrada através das janelas amplas. O ambiente era simples, com mesas e cadeiras dispostas em fileiras e uma grande lousa na frente. Sobre a mesa principal, havia um conjunto de pergaminhos e cristais de diversos tamanhos, refletindo a luz de maneira fascinante.

  Sentei em uma cadeira e esperei a aula come?ar. A aula em geral n?o apresentou nada que eu já n?o tivesse conhecimento, falando sobre conceitos básicos da mana e varia??o de elementos. O professor também apresentou alguns cristais de mana e verificou o elemento de cada aluno, os designando para outras salas, separadas por elemento.

  Antes da próxima aula, tivemos um intervalo. Me dirigi a um pátio externo da academia, que tinha um espa?o amplo e arejado. Me acomodei em um banco próximo a um pequeno lago ornamental, que refletia a luz do sol e criava uma atmosfera tranquila.

  Enquanto eu observava a água, uma pequena roda de colegas come?ou a se formar ao redor do lago, onde alguns alunos do Elemento água estavam conversando animadamente. Entre eles estava Mira, uma jovem de cabelos longos e azulados, com um olhar curioso e uma presen?a cativante. Ao lado dela estava kael, um rapaz com uma postura descontraída e um sorriso amigável

  Mira me notou sozinho e se aproximou. “Oi! Você é Hoshigaki, certo? Você acabou de passar pela introdu??o certo?. O que você está achando?”

  “Sim, sou eu. A aula foi interessante, mas já sabia a maioria das coisas que foram ensinadas. Tive um bom tutor antes de vir para cá,” respondi.

  Kael, que estava ouvindo, se virou para mim com um olhar surpreso. “é mesmo? Isso é ótimo! Ent?o, você já tem alguma experiência com manipula??o de mana?”

  “Sim, conhe?o muito sobre a teoria e tenho treinado bastante a prática.”

  Mira acenou com a cabe?a, interessada. “Isso é muito bom, você aprende muito observando como outros usam suas habilidades. Tem algum truque que você aprendeu que acha útil?”

  Pensei por um momento antes de responder. “Eu descobri que visualizar o fluxo da mana como um rio me ajuda a controlar melhor a forma e a intensidade dos feiti?os. Em vez de tentar for?ar a mana a se comportar de uma certa forma, eu guio ela suavemente, como se estivesse moldando a corrente de um rio.”

  Tinha muitos conceitos em minha mente, mas utilizar um n?o relacionado ao Elemento água seria estranho.

  Kael sorriu e pegou um pequeno cristal de água que estava em seu bolso. “Essa é uma boa analogia. Eu também gosto de visualizar a água como algo fluido e adaptável. Uma das minhas técnicas favoritas é "Aquasfera",ela cria esferas de água que podem ter sua press?o alterada para criar diferentes efeitos.”

  Mira acrescentou, “Nós poderíamos tentar fazer uma prática juntos depois da aula. é sempre interessante ver como cada um usa suas habilidades e aprender novas técnicas.”

  “Seria ótimo, podemos aprender muito juntos.” Respondi.

  Kael deu um leve Tapa nas minhas costas e disse “tenho certeza que você vai se sair bem.”

  O intervalo se passou, nos separamos e fomos para nossas salas, Kael também era da minha sala, já Mira era um ano depois da nossa.

  A aula seguinte abordou conceitos de magias básicas focadas no elemento água. Achei a explica??o do professor simples, mas completa, e com certeza melhor do que a do meu av?, embora ele tenha conseguido me explicar bem.

  Quando a aula acabou, era aproximadamente 11:30 AM. As aulas aconteciam pela manh?, mas a escola permanecia aberta para os alunos.

  Eu e Kael fomos para o pátio, onde Mira estava nos esperando. O céu estava limpo e o sol brilhava, proporcionando um clima ótimo para treinar. Dirigimo-nos a uma das salas de treino e come?amos a conversar.

  “Vamos come?ar. Eu pensei em fazermos alguns exercícios básicos para ver como você se encaixa com a técnica de grupo,” sugeriu Mira.

  “Claro, estou pronto para come?ar,” respondi.

  Kael se aproximou com um sorriso confiante. “Vamos come?ar com algo simples. Mira e eu vamos criar algumas esferas de água, e você pode tentar manipular uma delas. Isso vai te ajudar a sentir a diferen?a entre o controle individual e o coletivo.”

  Mira ergueu as m?os e come?ou a formar uma esfera de água flutuante. A esfera estava perfeitamente esférica e parecia brilhar com uma leve luz azul. “Aqui está a primeira esfera. Apenas observe como ela flutua e como eu mantenho a press?o interna.”

  Concentrei-me em invadir a magia dela, o que consegui facilmente.

  “Muito bem, agora tente aumentar a press?o interna delas,” instruiu Mira.

  Isso era algo que eu já conseguiria fazer, mas era a primeira vez que tinha uma intera??o com uma magia de mesmo elemento que n?o era minha. Meu av? tentou me ensinar isso, mas a magia dele era resistente demais para que eu conseguisse invadir, mesmo que ele deixasse.

  Manipulei a magia de ambos e as conectei em um círculo de alta rota??o.

  “Isso é surpreendente. Imaginei que fosse conseguir, mas n?o esperava que fosse t?o rápido,” disse Kael.

  “Realmente, demorei algumas horas para conseguir esse feito,” respondi.

  Passamos o resto da tarde treinando e combinamos de treinar juntos pelo menos uma vez por semana.

  Após um dia cansativo e cheio de atividades, voltei para casa exausto. Tomei um banho relaxante e fui para a cama, caindo no sono rapidamente. No dia seguinte, as aulas na academia retomaram seu ritmo normal, e eu me ajustei à minha nova rotina.

  Durante os três meses seguintes, meu horário se ajustou conforme as demandas da academia. Pela manh?, de segunda a sexta, dedicava-me aos estudos. Nas tardes de ter?a-feira, treinava intensamente com Mira e Kael, aproveitando as tardes restantes para treinar sozinho ou devorar livros sobre técnicas e teoria. Aos domingos, me reunia com Beatrice para treinar.

  Essa rotina constante e disciplinada trouxe progressos notáveis. No entanto, a academia anunciou um novo evento que prometia testar minhas habilidades de maneira ainda mais concreta. Era uma competi??o de luta um contra um, destinada a criar um ranking entre os alunos. Cada turma competiria individualmente, sem distin??o de elemento.

  A perspectiva de enfrentar esse desafio fez meu cora??o acelerar. Esse evento n?o apenas seria uma oportunidade para medir meu progresso, mas também para ver como minha evolu??o se comparava à dos outros. Era o momento perfeito para testar o quanto eu realmente tinha evoluído e para me preparar para qualquer desafio que pudesse surgir no futuro.

  Com uma mistura de ansiedade e empolga??o, comecei a me preparar para a competi??o, ansioso para ver como minha dedica??o e esfor?o se traduziriam em resultados.