Oportunidade
Quando passaram pelas portas, entraram em uma sala espa?osa decorada luxuosamente, com móveis estofados. Uma abertura no teto, direcionava a luz do Sol para um obelisco de três metros de altura no centro da sala. Era cristalino com vários tons de azul, e centenas de nomes escritos.
Notando o olhar dos três para o obelisco, o anci?o Malcon explicou:
— Este é o marco zero. Marca o lugar onde nosso ancestral construiu sua tenda, e contém o nome de todos as pessoas mais distintas do cl?.
Claro que eles já tinham ouvido falar do marco zero, todo membro do cl? Hakimi, crescia a sombra dos mitos ancestrais acerca do progenitor da linhagem. Segundo a lenda além de um mestre runico genial, ele era forte a ponto de estabelecer um alto-cl?. Logo nos primeiros anos do cl?, o progenitor saiu para uma aventura no mar e nunca mais retornou. Com o passar do tempo e a dilui??o da linhagem, o cl? Hakimi perdeu seu posto de alto-cl?, e do progenitor ninguém nunca mais teve notícias, só restou especula??es de para onde ele teria ido.
Ainda admirando a beleza da sala, uma clara evidência dos tempos de glória do cl?, eles viram o anci?o Malcon apertar uma runa na parede oposta a entrada. Com um som de "clik" uma parte da parede, no formato de uma porta, deslizou revelando um corredor espa?oso que conectava todas as alas dos anci?es a sala do obelisco.
Andando na frente o anci?o Malcon, seguiu pelo corredor acompanhado pelos três. Na penúltima entrada do lado direito, eles viraram em um pequeno corredor, encontrando uma porta dourada, com uma placa escrita "Ala do grande anci?o". Ao tocar a porta uma voz melodiosa come?ou a falar:
— Sejam... bem vin... dos a Ala do grande anci?o do cl? Hakimi. Diga seus nomes e... e... — assim que a voz travou, a porta foi aberta. Uma sala grande, com estantes cheias de livro de cima a baixo, foi a vis?o que os saudou. No meio da sala um aparato metálico cheio de lentes que conduziam um feche de luz para um tubo cilíndrico no meio da engenhoca, zumbia suavemente.
The author's tale has been misappropriated; report any instances of this story on Amazon.
— Sejam bem vindos, desculpem pela inconveniência na porta, a matriz de recep??o está com problemas.
Ao ouvir a voz idosa, os recém-chegados, notaram a mesa ao fundo da sala, ocupada por livros abertos. Debru?ado sobre os livros estava um homem que aparentava meia idade, porém os cabelos quase totalmente brancos, eram um lembrete constante de sua real idade e posi??o no cl?. O grande anci?o os encarava com um olhar profundo, acompanhado de um sorriso caloroso.
Sem demora Uri e seus irm?os seguiram o anci?o Malcon, para se curvar na frente do poderoso homem que estava sentado com uma aparente aura comum. Porém de comum eles sabiam que este senhor n?o tinha nada.
— Fiquem a vontade, n?o precisamos de tantas formalidades aqui. Anci?o Malcon você pode se retirar, eu cuido deles daqui pra frente.
— Como comanda Grande Anci?o — curvando-se Malcon sai da sala, deixando assim os três irm?os na presen?a intimidadora do poderoso Artes?o.
— Se espera que eu me desculpe pelo que houve entre mim e seu neto, saiba que...
— Hahaha eu n?o espero nada. Os jovens devem resolver suas próprias coisas. Mas sua habilidade é intrigante. Esse nível de controle nessa idade é mais que surpreendente.
— Obrigado Grande Anci?o. Meu talento se deve sobretudo ao meu trabalho duro, n?o há nada de especial nisso.
— Hum... mesmo assim, gostaria que vocês três refizessem os testes de linhagem. — após um pedido incomum, porém esperado, os três sem op??o concordam em fazer o teste novamente. Uma esfera dez vezes maior do que a primeira que usaram nos testes, foi posta diante deles.
Karon dando um passo a frente, foi o primeiro a ser testado. Todo o processo foi rápido e fora Uri que tinha uma concentra??o baixa de runas de linhagem, Karon era mediano e Ariel tinha uma concentra??o alta. O que explicava seu controle e uso do elemento secundário gelo. Claro que comparado a pessoas que nasciam com uma linhagem rúnica baseada no elemento gelo, Ariel era bastante comum.
Mas isso n?o diminuiu o olhar de satisfa??o do Grande Anci?o. Sua admira??o pela habilidade de Ariel era genuína.
— Você n?o decepcionou esse velho! — expressou com um sorriso de orelha a orelha — Apesar da concentra??o de suas runas de linhagem serem altas, o seu ponto forte está em sentir as partículas elementais do gelo, e manipular moldando em ataques eficientes. Se você se desenvolver mais, quem sabe o que será capaz de fazer?
— Obrigado pelo elogio Grande Anci?o — em um tom nem humilde, nem arrogante Ariel responde calmamente.
— Quero te fazer uma proposta — sem perder o entusiasmo o Grande Anci?o declarou.
Ariel e seus irm?os estavam atentos e curiosos afinal ainda n?o sabiam qual o real motivo que os trouxera aqui.
— Quero tomá-la como minha discípula.