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A NOVA ESPADA

  A espada é apenas uma extens?o materializada da minha vontade. Por enquanto ela descansa, e assim ela ficará.

  Todos saíram para o tempo. Layla se apressou a ficar ao lado de Gadhiel, e ela bem sabia que ele n?o se importava com ela ficar medindo sua energia.

  Gadhiel sorriu ao ver como ela e os seus ficaram mais tranquilos quando ele deu uma abertura em sua energia, para que eles pudessem ver como ele estava em paz e em equilíbrio

  Eles pararam dentro da campina que o vento ondulava, os olhos voltados para cima, para os dois anjos, pequeninos no azul do céu, bem acima do anjo que silenciosamente o observava.

  - Me preocupei com sua demora, Ovandriel – Gadhiel cumprimentou o anjo solitário.

  - Eu estava ajuntando algumas coisas – falou mostrando um embrulho que trazia consigo, enquanto descia suavemente à frente do grupo.

  Ovandriel tinha paz em seus olhos, que aumentou quando viu sorrisos aflorando nos rostos dos que estavam ali.

  > Sabe, fiquei muito preocupado quando Damani retornou, mas foi só por um momento.

  - E por que só por um momento? – Cassiel estranhou.

  - Porque eu conheci Damani, e aquele que usou há pouco esse nome n?o era o antigo. Ele já estava mudado, sendo apenas um Gadhiel mais machucado e amargo. Mas, o verdadeiro Gadhiel, que todos nós amamos, só estava esperando um convite especial para retornar.

  - E que convite seria esse? – perguntou Layla emocionada com as palavras do anjo, se perguntando se deixara passar alguma coisa.

  - O seu convite, minha querida dêmona, e o convite dessa família.

  Ignorando a emo??o que tocava a todos, sem mais qualquer palavra Ovandriel adiantou o embrulho de panos para Gadhiel, que o tomou e soube de imediato do que se tratava.

  > Sabem, eu achei esses peda?os em tempos bem recuados, mas n?o encontrei o corpo da espada. Desconfiei, naqueles dias, que esse era o desejo dela, e por isso guardei estes. Eu estava certo ent?o. Sei que já está com a pe?a que se ocultou, porque isso me foi mostrado.

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  - Sim, ela voltou para mim, meu amigo. Tenho muito a lhe agradecer – falou, recolhendo o embrulho, um sorriso luminoso no rosto, aumentado quando Layla tomou sua m?o com extremo carinho.

  - Pelo que me agradece? Por ter te...

  - Por ter sido um bom instrumento do UM – interrompeu com suavidade ao anjo. - Me desculpe ter exigido tanta dor de você, porque sei que fez o que fez em atendimento a um pedido meu.

  Layla suspirou maravilhada, ao ver como Ovandriel se iluminava, como se tivesse tirado de seus ombros um peso que n?o gostava de carregar.

  - Eu agrade?o – o ouviram sussurrar.

  - Ah, meu amigo, e vê onde tudo isso nos trouxe? – falou Gadhiel. - A aventura está sendo demais, n?o está? – perguntou, voltando os olhos sorridentes para Layla, que apoiou a cabe?a em seu ombro.

  - Fico maravilhado com o humor do UM, e seus jogos em jogos. Para quem sabe ver, e ver o amor que ELE dispensa em cada movimento, n?o tem como n?o ficar emocionado. Ele toca e retoca, ele aproxima e faz os cora??es se encherem, e sussurra quando parece n?o haver esperan?as. Concordo com tudo isso é muito maravilhoso. Dá para entender do porquê o UM desejou tanto se espalhar, através de nós, pelos multiversos. é incrível, n?o é mesmo, meus amigos? TendaVar, meus queridos, meus amados irm?os.

  - TendaVar – responderam todos, as vozes suaves e gentis para o anjo que se elevava e se reunia com os outros dois, que logo se foram, subindo cada vez mais para o alto, até sumirem das vistas.

  Assim que se recolheram Gadhiel n?o p?de se segurar, retornando logo para a residência, indo direto para o quarto dele e de Layla. Dos seus pertences tomou o coto da espada, espalhando os peda?os sobre a cama. Como um quebra-cabe?as montou a sua velha espada. Ent?o tomou a espada que usava da bainha e, cuidadosamente, a colocou sobre a outra.

  Layla ficou observando, bem os outros, que se ajuntavam à volta deles.

  - Que o partido se renove, perdido que foi encontrado, novidade em dire??o ao passado... – Gadhiel recitou com cerim?nia e suavidade.

  Uma luz, de um lindo azul claro surgiu na espada mais recente, que como fios foram se tecendo em volta das duas, puxando-as uma contra a outra até que, numa explos?o baixa de luz, as duas se fundiram, uma só se tornando.

  Gadhiel inspirou satisfeito, tomando a espada com carinho nas m?os, que foi pulsando cada vez menos, até que se apagou.

  Todo o metal do cabo se mostrava em um branco leitoso, envolvido em tiras do mesmo pano angélico do manto que usava. O pomo era de um suave vermelho sanguíneo enquanto a lamina tinha a textura e o tom da prata mais pura, possuindo ao longo dos dois fios, de ambos os lados, inscri??es rúnicas angelicais, que Sekhemeth leu e aprovou, tomada de um sorriso maravilhado.

  - Bonito isso, meu irm?o – cumprimentou, dando-lhe um beijo na testa. – Ao UM, que é e que todos somos.

  - E ela agora se chama Dev?ni, a renovada – nomeou, sentindo que um passado de dor se desfazia.

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