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FEDERAÇÃO E GUERRA - Tempo matéria – A grande guerra.

  A corrente lan?ada, a tempestade sonhada, a destrui??o arrumada. Olhei para a minha alma e n?o vi ali a tristeza que temia nessa experiência.

  O tempo veio e se foi, e novas confedera??es foram construídas, que com o tempo foram se reunindo até que as federa??es surgiram com naturalidade, como um caminho comum e já esperado.

  Satania também fazia parte da Federa??o Galáctica, com exce??o de Gaia, que cada vez mais imergia na experiência, sobre a qual os escuros lan?aram seus olhos famintos cheios de cobi?a e maldade.

  Já lá se iam muitas revolu??es de Gaia em torno de seu sol, e os escuros cada vez se acercava mais do planeta.

  Os ganedrais desceram lentamente frente à imponente constru??o, onde mais uma reuni?o de paz fora convocada, entre a federa??o e os escuros.

  A entrada dos ganedrais na reuni?o causou o alvoro?o esperado, conferiu Amadiel satisfeito.

  O silêncio com que foram recebidos foi enorme, e era fácil ver que havia apoio em todos os olhares, com exce??o dos representantes dos escuros.

  - Foi um ato declarado de guerra – dizia um drako, assim que os ganedrais encontraram um lugar bem próximo dos anci?es. – Exigimos uma retrata??o por parte dessa federa??o, e uma compensa??o em termos de território. Queremos acesso completo a Gaia. Também exigimos...

  - Caro embaixador – interrompeu um anci?o, que Sênior reconheceu como sendo o Antigo, com a voz apaziguadora, - ao que sabemos, essas bombas eram suas. N?o os convidamos para virem até nós para que nos acusem, mas para que se expliquem do porquê fabricaram e transportavam essas bombas. O que pretendiam fazer com elas?

  - N?o reconhecemos essas bombas. N?o s?o nossas – frisou. - Fomos nós os atingidos e...

  - Elas explodiram em suas rotas de comércio. O que aconteceu? Explos?o espontanea?

  - N?o viemos aqui para sermos confrontados assim. S?o suas bombas, e foram vocês que as implantaram em nossa rota e as explodiram.

  A holo de uma bomba surgiu no meio da sala, e todos puderam ver que se tratava de uma bomba de plasma antárika, com o molde do planeta dos drakos.

  - N?o a reconhece como sendo de sua produ??o?

  - Ora, n?o sejamos t?o inocentes. N?o nos julguem t?o pouco inteligentes. é fácil fabricar uma bomba como se fosse nossa.

  - Como vocês fizeram com as bombas que lan?aram contra os sistemas de Janus e Eras?

  - Nos acusam ainda de termos sido nós os que destruíram esses sistemas? As bombas eram suas...

  - Como essas de agora s?o suas... – acusou o anci?o.

  - Queremos que se retratem, sob pena de uma guerra de largas propor??es... – amea?ou o embaixador, negando-se a continuar naquela linha de discuss?o.

  - Isso nunca acontecerá, meu caro. Ao invés, exigimos que se retirem dos sistemas sob a influência de centauri.

  Sênior sorriu. N?o esperara tal rea??o do conselho. Possivelmente eles estavam desanimados com as atitudes dos drakos que, enquanto propunham inúmeras reuni?es de paz, n?o paravam de trabalhar feroz e trai?oeiramente contra os povos de luz.

  - Há esperan?a – ouviu Amadiel sussurrar satisfeito.

  Sênior viu os olhos do embaixador drako pousando sobre si. O olhar estava duro e, como sempre, parecia feliz em sua maldade. Sempre fora a guerra o que eles desejavam. Uma guerra aberta, onde pudessem expor toda a maldade que ia em suas almas. A aura de guerreiros temíveis e imbatíveis que amealharam ativava demais o grande ego que os dominava.

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  - E aqui os seus c?es de guerra – falou o embaixador fazendo men??o aos ganedrais. – Nossa inteligência os aponta com alguma responsabilidade sobre o acontecido – sibilou.

  - Ent?o n?o pode chamá-la de inteligência – rebateu Derfla com tranquilidade.

  - Entendo! Nos chamaram para, como sempre fazem, escarnecerem de nós. Ent?o está bem... Querem marcar algum encontro em algum campo? – sorriu. – Porque é isso que acontecerá, se insistirem nessa linha. é uma guerra o que desejam?

  - Você está autorizado a declará-la, embaixador? – perguntou o anci?o, a voz calma e transparente.

  - Sem dúvida que sim, se eu vir que n?o há vontade de vocês em manter a paz.

  - Paz, que paz? Vocês vêm atacando a federa??o incansavelmente, intensificando ainda mais suas a??es quando prop?em alguma trégua ou reuni?es de paz. Mas, isso acaba aqui, acaba agora. Vocês já declararam guerra há muito tempo. éramos nós que buscávamos evitá-la.

  - Ent?o reconhecem que foram vocês que atacaram nossos comboios? Digam vocês, ganedrais, que sei que n?o conseguem mentir, porque s?o os n?o divididos, n?o é mesmo? – perguntou, a voz num tom divertido de deboche.

  Sênior se levantou e caminhou tranquilamente, se postando à frente do embaixador. Com o semblante tranquilo o saudou, e por fim, se virou para os presentes.

  - Seus espi?es estavam certos, em parte – sorriu. – Como também o embaixador está errado, e correto ao mesmo tempo. N?o foi a federa??o que os atacou, porque ela nem mesmo tinha acesso às bombas. Fomos nós, os ganedrais, que as lan?amos – declarou. – Mas n?o as construímos, porque de vocês as tomamos – esclareceu, sob o olhar tranquilo do conselho.

  Um urro de revolta se levantou dos escuros presentes, uma aura de vitória se formando na comitiva dos drakos.

  Com firmeza e majestade Sênior abriu as asas e levantou as m?os, e tudo foi silenciado.

  Com lentid?o Sênior fechou as asas, mas n?o as recolheu, sinal de seu inequívoco poder e disposi??o para lutar, se isso assim se mostrasse.

  > Como disse, fomos nós, os ganedrais, que as lan?amos contra suas rotas de comércio. E refor?o mais uma vez, de forma muito clara para o que eu pronuncio n?o seja usado de forma errada ou maldosa. As bombas que foram usadas por nós n?o foram produzidas pela confedera??o, nem pela federa??o, foram produzidas no sistema drako. Nós tomamos esse carregamento, que seria usado para cercar Gaia e para atacar este sistema de Alpha Centauri. Apenas as devolvemos a vocês, com um poder bem menor com que as usariam – acusou, - apesar de estarem ativadas na devolu??o – sorriu.

  O ar se encheu de confus?o, tanto nos drakos e escuros quanto em boa parte dos federados. Derfla continuava tranquilo em seu posto ao lado do conselho, o rosto impassível e impenetrável. Sênior podia jurar que vira um sorriso em seu rosto.

  O silêncio caiu pesado quando o comandante drako, um sujeito enorme de corpo encoura?ado, demonstrando enorme poder, se destacou do grupo e avan?ou, se postando à frente de Sênior.

  - Ora, ent?o o anjinho renegado se mostra a todos. O que você fez foi um ato de guerra, que n?o ficará sem resposta. Exigimos que o conselho tome providências sérias contra... N?o, n?o isso – sorriu feliz, mudando o rumo da exigência. – Exigimos que eles, todos esses ganedrais criminosos, que tramaram contra nós e contra vocês, sejam entregues a nós, como criminosos que s?o. E exigimos essa providência agora, sob pena de que a guerra seja declarada. Para que procurem alguma forma de cumprir com suas obriga??es, avisamos que há um grande risco de destrui??o sobre suas cabe?as. Seu império do mal...

  - Risco de sermos destruídos... Se se refere às naves de guerra que posicionaram na nebulosa ao lado, esque?am. Essa frota n?o pode mais ser encontrada inteira – Sênior falou enquanto Amadiel se apresentava e jogava aos pés do drako um pequeno painel de metal, onde se via a insígnia dos drakos. – Sabemos que pretendiam nos atacar enquanto davam esse chilique grotesco nessa reuni?o... de paz. E nem mesmo a sua morte teria importancia, n?o é mesmo? Mas,... – sibilou, a cara satisfeita, olhando dentro dos olhos do drako.

  O rosto do comandante drako se contorceu de ódio, os olhos alaranjados fuzilando o ganedrai. Ent?o se virou, totalmente revoltado para o conselho.

  - Vocês cometeram um ato de guerra. A frota estava ali posicionada para nos proteger. Tomamos essa atitude porque sabíamos que n?o s?o confiáveis. Vocês nos provaram isso...

  - As eternas vítimas. Esse é o discurso com que tentam comover os incautos enquanto os apunhalam? – interveio Derfla, se aproximando.

  - Seus discursos n?o encontrar?o ecos aqui, como suas artimanhas de ocultamento também n?o. Ent?o, se n?o quiserem ser presos como criminosos de guerra, sugiro que se v?o, por enquanto em paz – comandou o Antigo. – N?o há mais o que ser discutido aqui, se usam esse conselho para tentar convencer os outros de que n?o s?o responsáveis pela escurid?o que toma essas dimens?es.

  - Os orgulhosos seres de luz – cuspiu o drako. – Que assim seja! A guerra está lan?ada.

  - Já sabemos disso há um bom tempo – declarou o Antigo, dando por encerrada a reuni?o, n?o sem antes lan?ar um olhar divertido para Sênior e Derfla.

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