O futuro s?o linhas de possibilidades...
Quais s?o, afinal, as regras desse jogo em que estou?
I
- Isto está certo? é verdade ent?o? – sussurrou Anaita, tomada de dor.
- Parece que sim... Tinha esperan?as de que n?o fosse. Eu o procuro e n?o o sinto – Sênior gemeu. – Mas, logo vamos ter mais notícias. Por hora, vamos manter-nos equilibrados – orientou num fio de voz.
Os outros baixaram a cabe?a, incrédulos com a possibilidade que rondava os espa?os, fazendo cair a tristeza sobre toda a vida. Se fosse verdade que o UM se retirara, magoado que estava com aquela guerra monstruosa, que findara apenas por que o arquianjo fora enviado, como tudo seria ent?o?
Sênior, controlando seu desespero, da órbita de Aden olhou para os espa?os profundos, ciente de que a escurid?o iria querer se aproveitar da ausência do criador, se a notícia se mostrasse verdadeira. N?o que n?o acreditassem no arquianjo, mas só que a notícia era por demais... espantosa e terrível. N?o conseguia acreditar. Em alguns havia uma esperan?a v? de que tudo n?o fosse mais que um pux?o de orelhas.
Sênior suspirou fundo, se perguntando quando poderiam deixar de viver na fina e perigosa linha entre a luz e a escurid?o.
Ent?o apontou para as imensas montanhas brancas bem abaixo, onde milhares de figuras podiam ser vistas.
- Eles est?o aqui – falou, identificando um grande arcanjo, que deveria ser o responsável pelos anjos daquele setor.
Ele era imenso, seus dois pares de asas fechavam-se naquele momento, em que se postava frente a uma fileira de anjos. Já ouvira falar sobre ele, e o magnífico guerreiro que ele era. Denatiel era o seu nome, sabia, como antes fora conhecido por Matiel, sobre o qual muitas estórias fabulosas serviam de inspira??o para muitos anjos, e também para muitos dem?nios, e as estórias contadas sobre ele, Denatiel, eram, às vezes, até mesmo difíceis de acreditar.
- é ele quem está lá? – sussurrou Melchior maravilhado.
- Sim, é ele – sorriu Sênior descendo lentamente a um lado do arcanjo.
- Mas, sempre ou?o dizer que ele n?o assumiu a forma dahen, que prefere ser manto. Por que está em dahen, aqui?
- Ele usa as duas formas, e até mesmo uma que mistura as duas. Dizem que a forma que mais gosta é a de manto – cismou. – Ele deve estar em dahen por nossa causa, porque a maioria que está aqui está nessa forma, n?o é mesmo?
- é, deve ser por isso – murmurou Dangelo. – Independente da forma, é um ser impressionante, n?o é?
Sênior desconfiou que ele devia ter sentido o interesse que havia despertados porque o viu se virar e, com um sorriso imenso e terno, se aproximar. Havia alegria e uma bondade natural naquele ser, que fez os ganedrais ficarem em silêncio.
- Pelo Trov?o, ent?o aqui est?o os velhos tardischs, os novos ganedrais. Estou muito feliz e encantado por encontrar vocês, finalmente. Suas estórias s?o maravilhosas.
Sênior observou aquele ser de poderosa aura azul, sentindo a onda de felicidade que ele exalava. Mas n?o se enganava, já ouvira sobre a determina??o, disciplina e for?a que ele imprimia quando batalhava contra os que desejavam sufocar a luz.
- As suas s?o ainda mais... N?o há palavras para descrever a forma como batalha. Até Trevas, Escurid?o e Mercator davam um jeitinho de se colocar fora de seu alcance, n?o é mesmo? – sorriu, recebendo o abra?o do gigante, como cada um dos ganedrais, que o abra?avam também, felizes como crian?as.
- Algumas estórias s?o transferências de feitos de outros que confundem como sua, outras s?o aumentadas demais... O importante é continuar sem mágoa, dor, ran?o ou peso, apenas sabendo que cada ato seu é um ato de amor, mesmo que seja o de mandar o irm?o de volta para a fila, para recome?ar a experiência – sorriu. - Mas, tenho que ir, meus queridos irm?os – falou, um sorriso imenso no rosto. – N?o sabem o quanto estou feliz por ter encontrado vocês. Vocês s?o centelhas muito amadas. Que o deus em vocês esteja cada vez mais desperto. Akindará, queridos irm?os – se despediu.
Os ganedrais, rodeando o gigante, se sentiram tomados de emo??o.
- Akindará, Denatiel. A felicidade foi toda nossa por o ter encontrado.
Denatiel sorriu novamente e se virou para ir-se, mas parou, a cabe?a no peito. Ent?o se voltou novamente para eles, as m?os à frente do corpo. Os olhos amorosos estavam postados em cada um.
- Meus queridos irm?os, sei bem que a luta de vocês é muito grande, e do que julgaram que teriam que abdicar para continuar. Mas, nunca se esque?am de quem realmente s?o, nunca se esque?am de que aqueles contra os quais lutamos s?o irm?os, desempenhando o papel que o UM quer experimentar, porque eles também s?o o UM. Vocês ir?o conseguir voltar para casa, e marcar?o o caminho para muitos e muitos, como guerreiros da luz que s?o. Me orgulho muito de vocês. E, tenham certeza, iremos nos encontrar muitas vezes ainda, e me sentirei feliz demais quando isso se der.
- Seremos nós os honrados – disse Uriel emocionada, sob os olhos silenciosos e amorosos dos outros.
Permanecendo em silêncio o viram tomar a frente de seu pequeno séquito e partir, como plumas alvas ao vento, leves e suaves, vencendo a tempestade formada.
- Uauuuu... – suspirou Angelina. – Fora Yeshua e Emanoel, esse deve ser o mais próximo de Tup? que algum dia já encontramos. Esses três s?o demais, n?o s?o?
Os outros se viraram para ela, rindo satisfeitos, dando pequenos belisc?es nela.
Sênior viu o que acontecia, e se lembrou como tudo era quando chegaram em Aden, como crian?as criadoras que eram ent?o.
Devagar e satisfeito abanou a cabe?a, até que o viu.
Ainda com um sorriso perdido no rosto o apontou para os outros.
Nemaiel estava bem à frente, sentado sobre uma grande rocha, a espada abandonada ao lado. Ele os observava, e havia um sorriso lá, um pouco triste, pensativo. Com um impulso os ganedrais descreveram uma parábola, lentamente, sob os olhares vigilantes dos anjos daquele setor, descendo quase ao seu lado e do seu exército.
Enquanto Sênior se encaminhava na dire??o de Nemaiel, que mantinha a cabe?a abaixada, via com preocupa??o uma tristeza profunda em cada um daqueles anjos. Deixou transparecer no rosto um sorriso de compreens?o e apoio.
Nemaiel nem mesmo fez men??o de ter se dado conta de sua aproxima??o. Em silêncio mostrava o semblante pesaroso, os olhos abatidos no solo, os ombros caídos, sentado sobre o alto da montanha, tendo ao fundo o serrilhado das cadeias nevadas. Ao seu lado estava um imenso contingente de anjos e arcanjos, todos t?o abatidos quanto ele mesmo.
Sem dizer qualquer palavra se sentou ao seu lado, a mente distante, pensativo, vendo os tardischs confraternizando alegremente com os anjos.
- Denatiel é um ser fantástico, n?o é mesmo? – falou, a voz como um sussurro. – Ele nos enche de esperan?a e lembran?as do verdadeiro caminho quando vem até nós.
- Sim, ele está muito desperto, muito próximo do Trov?o. é bom estar na presen?a dele. As marcas que ele deixa no caminho s?o muito nobres e honrosas...
- Diferente do caminho que escolhemos, n?o acha?
- Um ser como ele tem essa capacidade, de nos obrigar a avaliar a nós mesmos – sorriu.
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- Sem dúvida. Mas, talvez n?o seja mesmo esse o caminho, ganedrai. Cada um faz o seu, cria o seu, e nenhum é certo ou errado, pois todas as centelhas que existem ir?o voltar para casa. Mas... – sofreu Nemaiel com um cumprimento. – Vocês já sabem?
- Sim, ouvimos falar, sentimos a inten??o. é mesmo verdade que o UM se retirou?
- Sabe que isso n?o é a verdade em si... Nós somos ele... Mas, sim, nossa solid?o parece ter aumentado. Você n?o sentiu?
- Sim – declarou, a voz embargada. – Mas é muito difícil de acreditar, de aceitar. Fica uma pequena esperan?a gritando que tudo foi um mal-entendido e... é, eu sinto essa solid?o, sinto essa saudade. Apesar de saber que tudo passa, e que ele voltará... Bem, essa é uma verdade também, n?o é? Ele irá voltar.
- Por que diz isso?
- Ora, meu irm?o. Ainda estamos aqui, n?o estamos? – falou com a face já mais tranquila, renovado com o que ele mesmo dissera. Sorriu, imaginando se n?o fora inspirado a dizer aquilo.
- Acho que você está certo. Bom ter ouvido isso, mesmo que tenha sido de um tardisch, de um ganedrai.
- Ora, ent?o você ainda nos renega?
- Sabe muito bem que eu os defendi no conselho, n?o sabe?
- Claro que sei, Nemaiel.
- Mas, acho que n?o deveria – sorriu debochado. - Vocês se tornaram quase que exclusivamente guerreiros.
- Por um tempo isso foi verdade. Bem sabe que tentamos n?o ser guerreiros...
- Come?o a entendê-los – falou, os olhos passando por toda a destrui??o que podia ser vista. - N?o a aceitá-los, mas a entendê-los.
- Já é um come?o...
- N?o entenda assim, Sênior. N?o é um come?o, porque isso n?o tem como evoluir. Um dia ir?o perceber que isto que fazem, em tentar conter a escurid?o como fazem, é vazio, e transforma a eles e a vocês, endurecendo a ambos, que se sentem cada vez mais justificados em estarem magoados. No ar, à nossa volta, fica a pergunta do arquianjo, n?o fica? N?o a ouve?
- Sim, ela agora está em nossos cora??es.
- Sei que está. Soubemos de Haamiah, ou devo dizer Negrumo? Entende o que eu disse sobre a escurid?o?
- Ah, Nemaiel... Ele se doou demais, se sentiu traído...
- Traído até mesmo por você, o bra?o direito. Sabe, Sênior, é natural que o desculpe, mas veja você e os seus: vocês fazem com o cora??o, e isso os protege. Ele n?o fazia assim. Ele parecia necessitar de um reconhecimento, de um apoio, sempre sussurrando que ele estava certo.
Sênior suspirou fundo, deixando que sua alma se renovasse na calma e paz que trazia das montanhas distantes.
- Cada um em seus caminhos, que n?o s?o certos ou errados, n?o é mesmo? Mas, e quanto a vocês, meu amigo? O que fizeram aqui, Nemaiel? Parece que vocês andaram guerreando por estes lugares.
Nemaiel ficou em silêncio, ensimesmado.
- Sim, guerreamos – disse por fim. - No come?o até que estávamos indo bem, mas depois as coisas come?aram a sair do controle. Entendo cada vez mais que a única forma de obter a vitória é transformar, é alterar. Quando guerreamos refor?amos o que de mais duro e pesado há em nós e... neles, e o ciclo n?o tem como terminar. Vendo assim, e indo um pouco mais à frente, agrade?o pela interven??o do UM. é por isso, meu irm?o, que agora os entendo...
Sênior olhou para Nemaiel e viu que, apesar da tristeza do outro, havia em todo seu ser uma luz suave e bonita de se ver. E agora, consciente disso, viu que o mesmo acontecia com todos os anjos à volta, com exce??o deles, os ganedrais.
- Vocês também conseguir?o... – ouviu o apoio de Nemaiel, que percebera sua tristeza por ter observado que eles ainda n?o estavam prontos para saltarem para o próximo nível.
- Espero que sim, Nemaiel. Ent?o, sem mais ca?adas? – sorriu.
- Ent?o, n?o exagerem – sorriu o outro, totalmente em paz.
- Que bom, que bom... Bem, eu soube de Mercator e do arcanjo...
- Sim, isso foi terrível, e desnecessário.
Sênior o observou, e viu uma dor fina e quente no anjo.
- Para tudo há um propósito, e em tudo há a m?o gentil do UM. A aparência, meu irm?o, é terrível.
- M?o gentil do UM...
- N?o duvide disso. Pelo que me disseram, Mercator parecia alheio quando o arquianjo o tomou.
Nemaiel o observou com mais cuidado, estudando seu rosto.
- Sim... Ele parecia em transe...
- Me parece que uma semente foi lan?ada para dentro dele. N?o é o que lhe parece também?
O anjo estreitou os olhos, a mente vasculhando todos os significados das palavras do ganedrai. Por fim, como se uma compreens?o o tivesse atingido, seus olhos se suavizaram.
- Parece que falou agora por inspira??o, meu irm?o – congratulou.
- Sim, sempre somos inspirados, n?o é mesmo? Mesmo sendo ganedrais, mesmo sendo guerreiros em tempo integral – sorriu se levantando.
- Ah, eu sei, eu sei. E está tudo bem. Tudo vai dar certo – tranquilizou, levantando-se e abra?ando Sênior, que retribuiu ao abra?o.
- Obrigado, bom amigo.
- E agora, o que pretendem fazer?
- Sabe que os dem?nios, quando souberam que o UM se afastou, ficaram muito felizes, n?o sabe? N?o podemos deixar que se alegrem muito.
Nemaiel sorriu.
- O guerreiro... Mas, vocês est?o certos. Apenas aprendam a guerrear com compaix?o no cora??o. Se vejam no lugar deles para poder compreende-los, e ent?o, saber?o como realmente combatê-los. Acho que só assim poderemos responder a pergunta do arquianjo, n?o lhe parece?
Sênior ficou pensativo, deixando aquelas palavras escorrerem para dentro do seu cora??o. Se agora n?o faziam muito sentido, porque n?o esperar o tempo para se mostrarem?
- E quanto a vocês?
Nemaiel olhou à volta, passando-os por aquelas terras.
- Esse planeta pequenino e desprezível é...
- Maravilhoso?
- Ah, cativante, cativante demais. Enquanto Aden precisar, ficaremos por perto... Hum, aposto que isso te deixa feliz, n?o é mesmo? – sorriu ao ver a rea??o aliviada do outro.
Sênior o observou com curiosidade, e sorriu abertamente.
- Ora, protetores para Aden. Adorei isso, meu irm?o. Ent?o, vai se tornar um AsaLonga?
- De forma alguma. N?o vou ser parte de alguma consciência em Aden. Apenas ficaremos por perto, cuidando, ajudando.
- Que bom!
Nemaiel o observou com mais cuidado, sentindo um peso se apoiar em seu cora??o. Passou os olhos rapidamente pela armadura de Sênior e dos outros ganedrais. As viu amassadas e rasgadas, sinais de cortes profundos, o vermelho do sangue, e isto lhe doeu. Ent?o ficou se perguntando porque eles n?o as consertavam, como eles mesmos faziam. N?o era para se mostrarem, entendeu, mas apenas porue isso era irrelevante, na vis?o deles.
N?o pode deixar de sorrir por dentro, um sorriso triste e saudoso de dias melhores.
- N?o est?o se exigindo demais? – perguntou, segurando sua emo??o pela sorte que os amigos aceitavam para si.
Sênior o olhou com carinho, uma dor suave revoando no cora??o.
- N?o há outra forma, por enquanto, ao menos ainda n?o conseguimos ver outro meio de impedir toda a destrui??o que os escuros vêm causando por toda a cria??o.
- Cada um em suas escolhas – Nemaiel declarou com suavidade. – Que se sintam bem com as suas, meus irm?os.
- All Lantun, meus irm?os – Sênior cumprimentou os anjos e o arcanjo, que já se preparava para partir.
- All Dezana, queridos irm?os – responderam todos, abrindo as asas.
Nemaiel o observou com carinho, tocando entre os olhos com o indicador e o médio esticados na m?o direita fechada, enquanto a direita punha em concha sobre o cora??o. Ent?o retirou com suavidade os dedos de entre os olhos e os apontou para Sênior e os outros ganedrais, enquanto fechava a m?o direita e dava uma batida suave no cora??o, no ato abrindo seus dois pares de asas.
Ent?o se elevou, tomando rapidamente a dire??o das suas legi?es, que depressa partiram do planeta.
Sob os olhares dos ganedrais Sênior ficou ainda algum tempo parado, os olhos presos no céu, emocionado com o cumprimento do arcanjo, que só dispensavam entre si.
II
Na companhia de boa parte dos ganedrais Sênior se elevou acima do planeta, deixando sua mente escoar. Flutuando abandonado, com carinho chamou por Aden. N?o demorou e a m?nada surgiu. Os ganedrais ent?o elevaram suas energias e a envolveram com intenso carinho. Ela estava abatida, entristecida.
Por longo tempo ficaram assim.
- Você n?o precisa se magoar tanto assim, minha querida. Por que permanece?
- Já olhou à frente, anjo?
- As possibilidades s?o imensas, se abrindo em largo leque.
- Pois eu consigo. As vidas que vocês, anjos, me ajudaram a fecundar, est?o germinando. N?o veem?
Sênior ficou em silêncio, cismando.
- Essas s?o as possibilidades mais luminosas, e as que causar?o maiores dores.
- Eu sei... – pulsou a centelha com imenso carinho. – Seres com cada vez mais consciência, diferentes de vocês anjos, para cá vir?o e aqui ir?o se recriar, cada vez em uma onda mais fértil. é isso que os dem?nios enxergam e desejam, é isso que os anjos percebem, e juram proteger. Esperan?a... E é aqui que eles ir?o surgir. Eu tenho que continuar...
- Você fala dos seres profetizados?
- Sim, deles mesmos. S?o eles, querido anjo, aqueles que conseguir?o manter em si a luz e a escurid?o, e pacificar tudo o que há. é a experiência, ao menos uma fase dela, t?o aguardada pelo UM, que já a viveu inúmeras vezes. Sei que aqui elas conseguir?o viscejar...
- Amo você, Aden. Amo a parceira que fizemos, e o que você representa.
- Eu sei, meu querido anjo, meus queridos amigos e parceiros. Também vejo a doa??o de vocês, e as dores que procuram, a cada dia, ignorar. E assim, n?o mais Aden eu sou, porque o paraíso n?o existe mais, mas Urantia eu sou.
- Urantia... N?o é cedo?
- N?o – a centelha pulsou como se sorrisse. – é como me reconhe?o, agora. Na verdade, é como uma prepara??o para a chegada deles, que ser?o chamados de pessoas e homens. Akindará, velhos amigos, velhos parceiros... – se despediu.
- Akindará, minha querida amiga – cada um a cumprimentou, vendo-a pulsar e desaparecer.
Sênior sentiu uma saudade pesada descer em seu cora??o, que se esfor?ou em deixar ir-se, porque sabia que, a partir de agora, a centelha que era Urantia, iria entrar em uma espécie de letargia, até poder ascender novamente, muito tempo à frente.
Ent?o, com uma suavidade pensativa lentamente desceram ao planeta, onde se reuniu com os outros ganedrais, com os quais repartiu o que se passara na órbita do planeta, agora Urantia.
Por longas e longas horas ficaram em silêncio, pensativos, até que um pulso estranho se mostrou num canto do planeta.
Sem perda de tempo Sênior abriu as asas e subiu alto no céu, onde ficou flutuando, sondando as distancias do norte.
- Você o sentiu? – perguntou Jasmiel flutuando ao seu lado, acompanhada por Angelina.
- Sim...
- Sabe que o enfrentamento n?o tem mais como ser adiado, n?o sabe?
- Sei, minha querida, como ele também... Vá, e chame quantos dranians puder encontrar, porque esse assunto temos que resolver – falou, a voz tranquila e dura, observando com cuidado um ser em um trono escuro, que os aguardava ao longe.
Porém, antes que ela se fosse, surgiu um grande ajuntamento de anjos no oeste, e a vontade deles estava fixa neles. Sênior sentiu um frio percorrer sua espinha, preocupado com o que estava se anunciando, tal como os outros ganedrais.