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Under the Thatched Roof – Part 2

  "Ent?o... o que aconteceu na aldeia hoje?" Rondo perguntou, já cheio.

  Essa era a deixa que Nhelete, um conhecido colecionador de fofocas da vizinhan?a, esperava ansiosamente.

  "Ouvi dizer que o padeiro teve que perseguir um ladr?o esta manh?. Aquele patife - filho de Hamadi. Dizem que o diabinho subiu no telhado da padaria e ficou preso lá até que sua m?e veio com um peda?o de pau!" ela disse com um meio sorriso.

  Rondo riu, imaginando a cena.

  A conversa fluiu com conversas leves e risadas enquanto terminavam a refei??o. O tilintar de colheres contra tigelas, o cheiro saboroso da sopa e o calor do fogo pintaram uma cena de paz doméstica que confortou o cora??o de Nakala.

  Ela estava mordiscando um peda?o de cenoura cozida, absorta em seu sabor doce, quando um arrepio inexplicável percorreu sua espinha.

  A colher parou no meio do caminho até a boca. Sua vis?o de repente escureceu nas bordas e ficou emba?ada, como se a cabana estivesse envolta em uma névoa espessa. O ar desapareceu. Ela tentou respirar, mas nada veio.

  Cada tentativa parecia que seus pulm?es estavam cheios de água. Seu corpo reagiu por instinto: os músculos ficaram tensos e ela come?ou a tremer incontrolavelmente.

  A colher escorregou de seus dedos e caiu na tigela quase vazia, derrubando-a. O caldo restante derramou pelo tapete.

  Os ombros de Nakala tremeram em espasmos violentos. Sua m?e gritou seu nome, mas o som veio distorcido e distante aos ouvidos de Nakala. Rondo deu um pulo e a alcan?ou bem a tempo, segurando seus bra?os para mantê-la em pé antes que ela pudesse cair para o lado.

  "Filha! Olhe para mim!" ele implorou, mas os olhos de Nakala rolaram para trás, vendo apenas o vazio.

  Nhelete acidentalmente derrubou sua própria tigela enquanto corria. Em dois passos, ela estava na parede onde uma pequena bolsa de couro estava pendurada. Com os dedos trêmulos, ela vasculhou até encontrar um frasco de ceramica escura.

  Ela correu para o lado da filha, for?ou a rolha a abrir e segurou o frasco sob o nariz de Nakala, deixando o cheiro acre do remédio herbal atingir sua respira??o interrompida. Ela derramou um pouco do líquido em uma colher e tentou deslizá-lo pelos dentes cerrados da filha.

  "Engula isso, meu amor... por favor", ela sussurrou, lutando para manter a voz firme.

  Um pouco do remédio pingou dos cantos de sua boca. O terror em seus cora??es crescia a cada segundo - até que, lentamente, os tremores come?aram a diminuir. Os bra?os de Nakala se soltaram, sua respira??o gradualmente voltou ao normal. Seus dedos, antes contorcidos, agora apenas se contorciam levemente.

  Rondo afrouxou o aperto em seus ombros. Rondo e Nhelete permaneceram em silêncio tenso, alertas a qualquer sinal de uma nova crise. Finalmente, Nakala inspirou profundamente e exalou lentamente. Suas pálpebras tremularam antes de abrir. Ela estava pálida, sua testa cheia de suor frio, mas seus olhos estavam come?ando a se concentrar novamente.

  Sua m?e tampou o frasco e o colocou no ch?o, tentando acalmar seu cora??o acelerado. Nakala piscou, desorientada, ainda enrolada no cobertor que seu pai havia colocado sobre seus ombros sem que ela percebesse.

  Gentilmente, Rondo a levantou do ch?o. Ela n?o teve for?as para protestar; a cabe?a dela caiu contra o peito dele. Em silêncio, ele a carregou para a pequena sala. Seu tapete de dormir foi colocado em um canto no topo de uma plataforma de madeira de ripas coberta com um pano de casca de árvore amolecido. Ele a deitou suavemente. Sua m?e veio logo atrás, enfiando o cobertor até o queixo em um gesto amoroso.

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  Os olhos de Nakala ardiam com lágrimas n?o derramadas. Ela olhou para o teto de palha tran?ada, tentando esconder a culpa e a vergonha. Ela odiava preocupar seus pais, odiava ser um fardo. Ela sentiu os dedos de sua m?e apertarem sua m?o, e isso quase a levou às lágrimas. Ela respirou fundo e deixou a exaust?o levá-la. Suas pálpebras ficaram pesadas e fechadas.

  Sua m?e beijou sua testa suavemente e se afastou na ponta dos pés. Rondo ficou mais um momento, ajoelhando-se ao lado dela, observando-a respirar.

  Na cozinha, o fogo havia se reduzido a brasas incandescentes. O silêncio era espesso, quebrado apenas pelo crepitar ocasional da madeira. Rondo e sua esposa sentaram-se lado a lado, exaustos e com medo. Ele olhou para as chamas, enquanto ela mexia com as m?os.

  "Está piorando..." ele disse suavemente, quase para si mesmo. Seus olhos pousaram no frasco perto do fogo. "As recaídas s?o mais frequentes. Este mês mal come?ou, e ela já teve um."

  Sua esposa fechou os olhos. "Quanto do remédio nos resta?" ela perguntou, já sabendo a resposta.

  "N?o muito..." ele respondeu hesitante. "Duas ou três colheradas."

  Rondo cerrou os punhos nos joelhos, a mandíbula apertada.

  "Amanh? vou sair antes do nascer do sol. Vou encher aquele barco, mesmo que tenha que ficar no rio até o anoitecer novamente. Preciso ganhar mais algumas moedas..."

  Ela colocou a m?o em seu punho cerrado.

  "Você já faz tudo o que pode, Rondo. Você trabalha até cair. E ainda assim, o que ganhamos mal nos ajuda ao longo do mês. Mesmo com a ajuda dos meninos..." Ela suspirou: "Ainda n?o é suficiente comprar mais remédios."

  Ele balan?ou a cabe?a lentamente.

  "Eu vou encontrar uma maneira..." Ele murmurou, mas sua voz vacilou.

  Ela mordeu o lábio, hesitando. Ela sabia o quanto ele estava orgulhoso de ser o provedor. Mas ver sua filha t?o vulnerável a quebrou. Reunindo coragem, ela se arriscou:

  "Rondo... precisamos pensar em seu futuro. Os sintomas só est?o piorando. N?o estaremos aqui para sempre..."

  Ele lentamente se virou para ela, os olhos se estreitando.

  "O que você está dizendo?"

  Ela baixou o olhar para as brasas.

  "Talvez... é hora de considerar um casamento para Nakala", disse ela, quase em um sussurro.

  As palavras pairavam pesadas no ar. Rondo permaneceu imóvel. Ent?o ele se inclinou para trás contra a parede, seu olhar endurecendo.

  "Você está louco?" ele sibilou, mantendo a voz baixa, mas afiada. "Nakala mal deixou de ser crian?a!"

  "Ela tem idade suficiente para se casar..." Sua esposa respondeu calmamente. "Outras garotas da aldeia se casaram mais jovens."

  "E daí?!" Rondo deu um tapa no ch?o, agitando as cinzas. "N?o vou entregar minha filha ao primeiro homem que aparecer com uma dúzia de vacas."

  "N?o é sobre isso..." ela disse, segurando a emo??o. "Eu também n?o quero. Mas... E se essa for a única maneira de garantir que ela tenha alguém para cuidar dela? Se algo acontecer conosco... Quem vai protegê-la? Você vai deixá-la sozinha, doente e sem nada?"

  O peito de Rondo apertou. No fundo, ele sabia que as palavras dela eram verdadeiras. Ele passou a m?o pelo rosto.

  "Poderíamos pedir ajuda aos meninos... Talvez eles possam enviar algo nos próximos meses."

  "Os meninos?" ela ecoou, tristemente. "Eles já têm suas próprias famílias para cuidar ... Você quer que eles tirem comida da boca de nossos netos para nos ajudar? Eles já est?o fazendo o que podem..." Sua voz quebrou com um solu?o curto.

  Rondo passou a m?o pela barba, dividido entre a raiva e o desamparo. Ele precisava sair. Ele saiu da cabana sem dizer mais uma palavra. A porta rangeu alto no silêncio da noite.

  Ela estava congelada, com os olhos marejados fixos na porta entreaberta pela qual ele havia desaparecido. Uma única lágrima escorregou por sua bochecha antes que ela a enxugasse. Lá fora, os sons noturnos da aldeia - grilos, um latido distante - voltaram. Ela se abra?ou, de repente sentindo a cabana muito grande e vazia.

  A lua estava alta no céu quando Rondo finalmente voltou. Ele se deitou ao lado de sua esposa sem dizer uma palavra. Ela se mexeu com o movimento. Nenhum deles encontrou palavras para retomar a conversa. Eles simplesmente ficaram lá, com os olhos abertos na escurid?o, até que a exaust?o os alcan?ou pouco antes do amanhecer.

  Olá! Obrigado por ler minha história. Eu realmente espero que você goste.

  Se puder, n?o se esque?a de seguir e adicioná-lo aos seus favoritos - isso realmente me motiva a continuar escrevendo!

  Grande abra?o,

  AngocheeMan

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