Naquele momento a May estava lutando pela sua vida, com certeza estava lutando para que n?o perdesse a consciência. Mas, tudo na frente dela estava bagun?ado, desfocado e ela só temia pela sua sua vida.
No meio daqueles sentimentos todos, passos e voz que vinham do outro lado podia se ouvir. Claramente era voz de um homem chamando pela May!
–May! May! Na verdade era uma voz desconhecida pela May, nunca tinha escutado aquela voz!
A May que já estava quase perdendo a consciência nada mais podia fazer, n?o podia identificar o dono da voz que chamava por ela, apenas se esfor?ou para ver o rosto do homem.
–Kai! Foi a única palavra que ela conseguiu proferir e depois perdeu a consciência.
Sirenes podiam se ouvir perto do local do acidente, a imprensa também estava presente no local, afinal era a filha do homem mais poderoso da cidade que havia sofrido um acidente, todos estavam interessados nos motivos do acidentes.
NO CAMINHO PARA O HOSPITAL
N?o lembro o que realmente aconteceu, apenas que n?o conseguia controlar o carro e acabei sofrendo um acidente. Neste momento estou numa ambulancia rodeada pelos melhores médicos da cidade, sofri duas paradas cardíacas pelo caminho, mas por agora está tudo estabilizado.
N?o imagino o qu?o doloroso seja para os meus pais, e, principalmente para a minha m?e. Com certeza é a pessoa que mais está sofrendo neste momento. Sem deixar de lado o Pete e o Tony que devem estar sem culpando pelo acidente, pois foi depois da minha discuss?o com eles. Muita coisa estava com certeza acontecendo ao meu redor, mas nada podia fazer, além de lutar pela minha vida. Apenas quero saber quem está segurando a minha m?o t?o forte neste momento, o seu choro é de partir o cora??o, eu mal podia enxugar suas lágrimas e acalmá-lo. Podia ser qualquer um segurando a minha m?o, mas com aquele amor e ternura só podia pensar no Geremy.
Há um mês os meus pais e os meus tios concordaram em tornar eu e Geremy noivos. Foi um pouco de surpresa para todos quando o tio John concordou com a proposta dos meus pais. Mas também foi um choque para mim e Geremy, pois de alguma forma algo havia mudado entre nós. O Geremy já n?o estava mais empolgado em se casar comigo, parecia que havia encontrado o caminho dele.
–May, eu te amo muito, mas n?o sei se este amor é suficiente para te levar ao altar. Nos últimos meses eu estava conversando com alguém, mas o meu pai descobriu, por isso concordou com este casamento. Naquele momento dava para ver o qu?o cabisbaixo o Geremy estava, n?o pensei que a situa??o dele fosse um pouco grave.
Apenas podia convencê-lo a aceitar aquela proposta do casamento e que mais tarde veríamos o que podíamos fazer para resolver a nossa situa??o.
Faltavam duas semanas para a festa do noivado e eu sofri este acidente. Eu senti muito pelo Geremy, pois depois dos meus pais ele era a pessoa que mais me amava.
Entrei numa sala de cirurgia, fui operada com sucesso mas entrei em coma.
ENQUANTO ISSO, DO OUTRO LADO...NA MANS?O FOXY
Já eram 9h da noite, a May nunca tinha chegado t?o tarde à casa e muito menos ter ficado sem ligar para os pais. As coisas estavam um pouco agitadas porque ninguém sabia sobre o paradeiro da May, a Sra. Foxy apenas se limitava a chorar e n?o era de menos, ela estava com aperto muito forte no peito, pressentimento de algo ruim estava ou havia acontecido n?o deixava ela tranquila.
Todos estavam na Mans?o Foxy menos o Geremy, quando o telefone tocou.
–Boa noite! Respondeu o tio Kim! Ele mal conseguiu segurar o telefone por 10 segundos, apenas caiu no choro!
–O que aconteceu? Perguntam todos em simultaneo, o desespero já havia tomado conta da sala.
–A May, a May...! Claramente o senhor Kim n?o conseguia contar o que havia acontecido.
O Pete pegou o telefone e continuou a chamada. Desligou o telefone e entre choros falou o que havia acontecido.
–Sr. e Sra. Foxy, a May sofreu um grave acidente há uns quarteir?es daqui. A ambulancia já está a caminho.
Aquela notícia foi como uma faca encravada no peito da Sra. Foxy, ela apenas caiu sentada no ch?o e n?o deixou cair nenhuma lágrima. Ela havia entrado num estado de choque, n?o esbo?ava nenhum reac??o.
The narrative has been illicitly obtained; should you discover it on Amazon, report the violation.
Enquanto se preocupavam também com o estado da Sra Foxy, o Geremy também entrou pela porta principal. Todos vieram sem que ele soubesse pois sabiam como isso iria afectar o Geremy.
Todos olharam para o Geremy sem conseguir expressar nenhuma palavra, seria difícil para eles, mas tinham que contar a verdade.
–O que houve? Por que est?o todos a chorar? Perguntou Geremy confuso. –Onde está a May? Acrescentou.
–Nada aconteceu, apenas tivemos uma pequena discuss?o e a tia Christine ficou assim. Falava Tony com uma voz firme para n?o levantar suspeitas.
–E a May?–A May está no quarto dela a descansar, por favor n?o a incomode, n?o foi um dia muito bom para ela.
Parecia que as coisas estavam acauteladas por enquanto até o momento em que alguém mandou um vídeo sobre o acidente de May para o Geremy.
Geremy olhou para o vídeo horrorizado e o cora??o dele acelerou, mal conseguiu perguntar aos outros sobre aquilo, apenas caiu inconsciente.
As coisas saíram um pouco do controle, o Sr. John e a esposa levaram o Geremy ao hospital imediatamente e por outro lado a Sra. Christine clamava pela filha.
–Quero ver minha filha! Dizia ela em voz baixa.
Todos saíram as pressas para o local do acidente, mas tiveram que marcar uma certa distancia por conta dos jornalistas. Aquele n?o era um momento oportuno para responder às quest?es da imprensa.
A Sra. Foxy n?o falou nada durante todo o trajecto, estava perdida no meio dos pensamentos, n?o chorava, n?o ria, n?o falava, difícil seria expressar o que ela sentia naquele momento, mas uma coisa é certa, o mundo havia desabado sobre ela depois daquela chamada.
Chegaram ao hospital e foram directo falar com o Dr. Wilson. Ele que era o médico particular da família Foxy.
–Doutor, como está a minha filha? Perguntou o senhor Foxy.
–Ela está num estado muito crítico, sofreu uma pequena les?o no cérebro por conta do embate. Durante o trajecto para o hospital sofreu duas paradas cardíacas, mas conseguimos estabilizar, agora ela está na sala de cirurgia.
–Por favor, Doctor, salve a minha filhinha, por favor! Naquele momento as lágrimas da Sra. Foxy come?aram a transbordar, ela chorava inconsolavelmente.
–Farei tudo que estiver ao meu alcance para ajudar a Senhorita Foxy, mas deu para perceber que ela está lutando pela vida! Se me d?o licen?a, agora tenho que entrar na sala de cirurgia.
–Pelo estado da Sra. Foxy, irei receitar um calmante para que ela possa descansar um pouco. De manh? estará um pouco mais calma.
O tempo foi passando, até que o Dr. Wilson saiu da sala de cirurgia. Todos ansiavam pelas notícias.
–Doutor, como está a May? Perguntaram simultaneamente.
–Bom, o quadro da Senhorita Foxy ainda é um pouco delicado, mas por agora está tudo sob controle. Porém, ela teve uma perda significativa de sangue, e precisa de uma transfus?o urgente e nós só tínhamos uma unidade do tipo de sangue dela.
–Eu tenho o mesmo tipo de sangue com ela, posso ser o doador. Senhor Foxy falava em total desespero.
–Embora tenha o mesmo tipo sanguíneo, exames s?o necessários para ver o nível de compatibilidade entre vocês e também seria necessária a doa??o de sangue de mais uma pessoa. Salientou o Doctor.
Nada mais restava ao senhor Foxy além de pedir ajuda ao seu irm?o mais novo, pois era o único com o mesmo tipo sanguíneo com ele. Depois de várias tentativas, o Sr. John acabou aceitando, pois sabia que o Geremy o odiaria se mais tarde soubesse que ele negou de doar sangue para a May.
Até o momento as coisas corriam bem, a May recebeu o sangue que precisava, a Sra. Foxy estava mais calma e o Geremy havia se recuperado, mas ainda estava abalado, mal conseguia ficar longe da May. A May entrou em coma por conta da les?o no cérebro, mas estava se recuperando rapidamente.
UM MêS E MEIO DEPOIS
Era uma noite fria, calma, quando eu abri os olhos pela primeira vez depois do acidente, estava numa sala bem decorada, cheia de flores, dava para sentir o calor, apoio e amor de cada um dos meus familiares e amigos naquelas flores. Quando acordei, alguém segurava minha m?o, senti aquela sensa??o do dia do meu acidente, o toque dele transmitia muito amor, delicadeza, uma mistura de vários sentimentos que só provei naqueles dois momentos.
Quem durante este tempo segurava a minha m?o todas às noites, embora estivesse inconsciente, o meu cora??o ansiava todas às noites pelo seu toque, ele era uma das raz?es pelas quais estava lutando pela minha vida. Queria saber quem era aquela pessoa, porquê mexia tanto comigo, porquê todas noites eu esperava por ele mesmo inconsciente. Tinha muitas perguntas naquele momento, precisava de respostas.
Olhei para o lado, queria ver o meu anjo da guarda.
–Você!? Falei espantada com o homem que eu via a minha frente. Afinal era o mesmo homem que eu tinha conhecido no dia do meu banquete, mas n?o chegamos a nos apresentar formalmente. Aquilo era estranho para mim, pois parecia que ele me conhecia muito bem e eu n?o sabia ao menos o seu nome.
–Senhorita May, finalmente você acordou. Falou com a aquela voz grossa e arrepiante.
–Desculpa, nos conhecemos de algum lugar? Tento lembrar do senhor, mas a sua imagem n?o me é familiar.
–N?o se preocupe com isso, com o tempo saberá quem eu sou. Falava isso segurando minha m?o. –Agora está na hora de você descansar. Voltarei amanh? de noite. Acrescentou.
O anjo da guarda de May levantou-se em direc??o à porta, quando estava prestes a sair, algo chamou aten??o da May, ele trazia um bracelete muito familiar para May!
–KAI! Gritou May! Por um momento aquele homem parou sem virar para May, parecia a confirma??o da sua identidade. Mas de repente a May fechou os olhos.