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O começo

  Vis?o de: Hoshigaki.

  “O que isso quer dizer? ” Questiono-me

  “Que frio...” Sinto frio mesmo que n?o consigo sentir meu próprio corpo

  Um feixe de luz branca surge de repente.

  E nada mais acontece...

  “Espera, eu n?o deveria estar aqui. ”

  Isso se parece com... a MORTE

  “Chegamos! “Afirmo isso enquanto olho em dire??o a uma casa abandonada.

  A casa em si já seria assustadora, possuindo um aspecto antigo que gra?as a escurid?o da noite se tornou ainda mais aterradora e misteriosa.

  “Tem certeza de que n?o estamos no lugar certo? ”Pergunta Alex Marlowe, com uma express?o clara de medo em seu rosto.

  “Sim, tenho certeza! ”Reafirmo com verdade, mesmo de noite, diante de uma casa abandonada extremamente grande.

  “Tem certeza de que n?o estamos na casa errada? ” Diz Marlowe ainda incrédulo.

  “Sim, eu n?o me confundiria com isso. ” Retire o celular do bolso e mostre uma imagem para Marlowe.

  “Vê? é exatamente igual à imagem. ”

  “Ainda n?o acredito que tenhamos que funcionar essa casa. ”

  Mesmo que estejamos fazendo o trabalho de campo, somos os chefes de uma empresa de busca chamada de 'Apex Exploration', bem, também somos os únicos funcionários.

  “Se está com medo, pode voltar para o colo da sua mam?ezinha. ”

  “E-Eu n?o estou com medo! ”

  “Tem certeza? N?o parece verdade quando você fala assim. ” Cortando minha fala, Marlowe diz: “Eu vou na frente! ”Enquanto anda em dire??o à porta.

  “N?o precisa ter pressa, n?o vamos receber mais por isso. ”Marlowe continua andando como se n?o tivesse me escutado. “Bom, acho melhor eu ir também. ”

  Entramos em casa, percebemos o quanto ela estava abandonada. Era comum ver lugares assim desde a chegada da ‘explos?o’. Esse foi o momento em que os países entraram na loucura total e simplesmente se bombardearam.

  Nesse momento o mundo ficou marcado por destrui??o e caos. Depois, descobri que os humanos que lan?aram as bombas foram sobre o controle do vírus ‘Neurothrax’, que inclui por mentes humanas, animais e plantas.

  Nossa agência vasculha as áreas atingidas pelas bombas, um trabalho realmente perigoso, já que o vírus ainda está solto. Isso também faz com que o pagamento seja alto.

  Após entrarmos na casa e passarmos por um corredor empoeirado coberto por teias de aranha, uma som ecoa de dentro do quarto que acabamos de abrir: “rók-rók”.

  “O que foi isso? ”Pergunta Marlowe, se colocando à minha frente em uma aparente tentativa de me proteger.

  “Pelo som, parece um porco. Mas n?o é possível haver um animal por aqui. ”

  “Rók-Rók.” O barulho se repete, parecendo se aproximar.

  “Está vindo! ” Falo enquanto entra em uma posi??o 'defensiva'.

  “Embaixo! ”Quando Marlowe fala isso, imediatamente olho para baixo.

  “Hum... Porco de brinquedo? ” Surpreendo-me ao perceber. Simplesmente um porco de brinquedo, um pouco grande demais para ser um brinquedo de crian?a e pequeno em compara??o a um porco de verdade.

  “Isso n?o é estranho, Hoshi? ”

  “Como poderia n?o ser? Acho que nem o nosso contratante sabia disso. ”

  O 'porco' come?a a dar cabe?adas em nossas pernas como se estivesse tentando nos expulsar daquela casa.

  “Isso é um sinal para sairmos daqui. ”

  “Você só está com medo. ”Mesmo dizendo isso, n?o podemos ficar aqui por muito mais tempo.

  Ao entrarmos no c?modo de onde veio o 'porco', nos deparamos com o que parece uma sala de estar de uma pequena família. Há também três quadros na parede, mas est?o empoeirados demais para identificá-los.

  Quando nos aproximamos do quadro o porco come?ou a correr desenfreadamente e simplesmente se deitou na porta a qual viemos, como se estivesse acabado a pilha.

  Passamos um tempo vasculhando o c?modo, fizemos isso com muito cuidado pois n?o queríamos quebrar o frágil equilíbrio dos movimentos empoeirados.

  “Deu nossa hora, vamos voltar. ” Digo, quebrando o extremo silêncio do ambiente. Marlowe concorda, e nós nos dirigimos para fora da casa com uma estranha sensa??o que n?o conseguimos identificar do porquê.

  “Acho que vamos demorar para achar essa foto. ”

  “Devíamos cobrar mais por esse trabalho. ”

  Nosso carro finalmente chega, ficamos aliviados de deixar essa casa para traz, mesmo que tivéssemos que voltar outro dia.

  A viagem para 'Esperanto', foi relativamente tranquila, ambos estavam perdidos em pensamentos e fizemos uma viagem silenciosa.

  _________________________

  'Esperanto'. Esta é uma das poucas cidades que est?o 'seguras' atualmente. Depois das explos?es, a sociedade se uniu para criar uma nova civiliza??o. A comunica??o mundial foi cortada, ent?o n?o temos como saber se realmente existe outra cidade 'viva' no mundo, mas este é um lugar realmente seguro.

  Esta é uma cidade projetada especificamente para ser segura e autossuficiente, cercada por muros altos contendo arame farpado. Considerado um pouco exagerado, considerando que n?o temos inimigos humanos.

  A cidade em si é focada no centro, onde fica toda a parte residencial. Circulando essa área, há uma separa??o: ao sul, há uma enorme montanha onde foi criada uma esta??o de agricultura; ao norte, foi criada uma área de lazer. Inicialmente, essa n?o era a inten??o dos líderes daqui, mas após um pequeno protesto, eles decidiram criar.

  _________________________

  “Aqui estamos novamente. “A casa estava ainda mais sinistra sobre a luz do dia. Estranhamente fomos trazidos pelo mesmo motorista da última vez. Bem, talvez ele esteja disposto a vir até aqui.

  A lembran?a assombrosa da casa ainda estava gravada na minha mente.

  “Acho que podemos ser mais rápidos desta vez. ”Diz Marlowe, aparentemente mais corajoso do que da última vez.

  “Vamos, antes que sua coragem vá embora. ”Percebo Marlowe resmungou algo, mas apenas ignoro.

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  Adentrando na casa, n?o nos deparamos com o 'porco' novamente.

  “Será que ele era um fantasma neste tempo todo, e nós estávamos amaldi?oados por ele? ”

  “N?o viaje, Marlowe.”

  Indo na mesma dire??o, revisado pela porta de onde o 'porco' veio da última vez.

  “Este lugar está mais limpo do que da última vez. ”Olho para os três quadros que notei na primeira vez que vim.

  Estranho o fato dos quadros estarem limpos. é quase como se alguém tivesse os limpos.

  Dava para enxergar quase nitidamente o que estava neles, diferente da última vez.

  No primeiro, pode-se ver uma família composta por uma senhora e seus dois filhos; no segundo, pode-se ver um casal, aparentemente o mesmo homem da primeira imagem junto com uma mulher ruiva; no terceiro, pode-se ver três brinquedos, um deles era o 'porco' da primeira vez, os outros dois explica??es humanóides, mas n?o dava para identificá-los direito pela imagem ser muito velha.

  “Acho que isso n?o é bom. ”Diz Marlowe com voz tensa. Ele estava dentro de outro c?modo. Anteriormente percebemos uma porta que antes estava fechada e coberta por teias de aranha, mas agora ela estava aberta, e é lá que Marlowe estava.

  Olho em sua dire??o e percebo uma marionete com cor dourada. Sua aparência parece com a do homem do quadro: um homem de estatura média, constitui??o robusta, pele um pouco pálida, pelo menos no quadro, olhos azuis opacos, usa um terno que outrara teve dias melhores.

  “Certamente s?o a mesma pessoa. ”

  “O que quer dizer com isso? ”

  “N?o há quadro ali. S?o iguais, exceto pela colora??o da pele. Nunca vi uma pessoa com pele dourada. ”

  “é só o que faltava. ” “Ela está se movendo? ELA ESTá SE MOVENDO! ” Grita Marlowe assustada. Passou a possibilidade de que n?o fosse hostil, assim como o 'porco', mas n?o queria testar essa hipótese.

  A marionete come?a a se mexer como se estivesse acordando.

  “Vamos sair daqui! ” Tentei n?o fazer muito barulho ao falar mesmo que estivesse nervoso, quis expressar o necessário para que ele entendesse que deveríamos fazer silêncio.

  Marlowe aparentemente entende o motivo do meu tom e, junto a mim, come?a a se retirar da sala tentando n?o chamar a aten??o. Quando estávamos quase saindo pela porta, aparece outra marionete, desta vez uma mulher, cabelos longos ruivos, olhos vermelhos que claramente n?o s?o reais, exatamente iguais à esposa do homem no quadro, sendo sua única característica própria sua colora??o de pele e seus olhos.

  “Acho melhor correr. ”Bem, desta vez eu concordo com ele. Com o caminho da porta bloqueado, corremos em dire??o a uma lareira desligada, cujo combustível já foi queimado há muito tempo.

  Uma marionete feminina entra na sala, mas aparentemente n?o percebe a nossa presen?a.

  “O que faremos agora?”

  “Como se eu puder”, respondi. “Por que n?o esperamos que eles virem e nos devorar? ”

  'NN-Nos devorar? Acha que eles fariam isso? '

  “Como eu vou saber? N?o sou uma marionete! ”

  Percebendo a outra marionete se movendo, a marionete feminina foi em dire??o a ele e o joga para cima, como se estivesse querendo olhar o que havia embaixo dele.

  “N?o sei o que ela está fazendo, mas é melhor aproveitarmos para sair daqui”, sugeriu rapidamente, notando a oportunidade.

  Já estávamos perto da porta quando as marionetes saíram a gritar e vim em nossa dire??o

  “Corre! ” Ambos gritamos enquanto come?amos a correr.

  As marionetes corriam a uma velocidade sobre-humana, mas quando chegaram perto da porta de saída, pararam subitamente.

  Ofegantes, percebemos que o som parou, e junto com ele, as marionetes. Era quase como se você estivesse desligado.

  “Acho melhor desistirmos desse contrato”, comentei, apesar de saber que Marlowe já pensava o mesmo. “N?o precisa nem falar. ”

  O tempo passou t?o rápido que mal percebemos que já era hora de voltar, pelo menos até o nosso motorista chegar.

  Após entrarmos no carro, percebemos a presen?a de outro passageiro.

  “N?o pensei que alguém iria querer vir para estas áreas. ” Comentei.

  “Essa é a minha sobrinha, ela se chama Aria Blackwood. ”Disse o motorista.

  “Blackwood?” Pergunto.

  “Esse nome me familiar... Conhece alguém que se chama assim, Hoshi? ” Diz Marlowe.

  Ignorando a pergunta de Marlowe, viro-me para trás e observe-a. Sua aparência é de uma jovem com cerca de 17 anos, seu longo cabelo ruivo cobrindo seu rosto revela uma resposta à minha dúvida.

  “Aria Blackwood, filha de Marcus Blackwood e Vivian Candel? ”

  “Você conheceu meus pais? ”Sua voz é baixa e acesa, quase como se ela n?o conhecesse os próprios pais.

  “N?o, vi um quadro com o nome deles recentemente. E está certo, você deveria ser Ethan Blackwood, n?o é? ”

  “Na mosca. Também viu um quadro com meu nome? ” Ele n?o parece ter sido importado em ter sua identidade revelada.

  “Espera. Ethan Blackwood? ”Marlowe entra na conversa com um tom de surpresa. “Ethan Blackwood, o grande fundador do Esperanto? ”

  Nesse momento, me senti envergonhado por n?o conhecer quem fundou a cidade na qual moro desde a 'explos?o' (Nome dado ao fim da crise e ao come?o da nova era).

  “Eu mesmo. Fico feliz em ser reconhecido, mesmo n?o sendo o único a come?ar este projeto. Juntos criamos Esperanto para reunir todos os tipos de pessoas em um só lugar, e é isso que espero deste projeto. ”

  “Você é uma pessoa que nos contratou, n?o é? ” Pergunto, notando uma mudan?a na express?o dele.

  “Achei que conseguiria mudar de assunto falando da cidade, mas parece que n?o deu certo. “Ethan ri de forma for?ada. “Sim, fui eu. ”

  “Você? Por que pediria a adolescentes como nós para investigar uma casa abandonada na área de explos?o? Por que você n?o usou a guarda da cidade para isso? ”

  “N?o posso revelar meus motivos para querer investigar aquela casa, mas quanto à escolha de vocês, n?o há um motivo específico. Apenas escolhi alguém que pudesse fazer o trabalho”, ele respondeu, o que aumentou ainda mais minha curiosidade.

  “O que aconteceu? Digo, na sua casa, por que aquelas marionetes est?o 'vivas'? ” Ao terminar minha pergunta, percebo uma inquieta??o por parte de Aria.

  “Entendo... Ent?o vocês viram elas. Elas ainda est?o ativas? ”

  Eu estava prestes a mandar-lo n?o mudar de assunto quando Marlowe me interrompeu, falando como se estivesse com um amigo próximo. “Elas s?o assustadoras. Quando come?ou a gritar, senti um arrepio na espinha. Quase tive um infarto quando comecei a correr atrás de mim. ”

  “Pode responder à minha pergunta agora? ” Digo como se estivesse ignorando Marlowe.

  “Sinto muito, n?o possuo as respostas que você quer. Mas posso te levar para alguém que tem. ”

  _________________________

  A viagem foi relativamente curta, mas cada minuto parecia se arrastar. Finalmente chegamos a um lugar n?o muito longe dali.

  “Chegamos. ”Disse Ethan enquanto olhava ao redor.

  Observei as altas muralhas cinzentas que cercavam o lugar. O lugar parecia uma fortaleza, um contraste gritante com o ambiente ao redor

  “Quem exatamente mora aqui? ”

  “Evelyn Blackwood. Minha m?e. ”

  Entramos por um grande port?o de madeira e seguimos em dire??o a uma mesa que ficou ao ar livre. Os arredores estavam cheios de flores, a única exce??o era uma porta para um bunker que ficava nas laterais da muralha.

  Nos sentamos ao redor de uma pequena mesa com quatro cadeiras. Aria, porém, perguntas de pé ao lado do seu tio. Pouco tempo depois, uma senhora saiu pela porta que levava ao subsolo.

  Sua presen?a era imponente, quase intimidante. Ela tinha uma aura que irradiava autoridade e sabedoria. Seu olhar penetrante me fez sentir como se ela soubesse de tudo o que passei em minha vida, ao ponto de que n?o conseguiria falar algo que fosse minimamente relevante.

  “Vocês voltaram. E vejo que trouxeram convidados. ”Ela olhou para Marlowe e depois para mim, sentiu como se seus olhos azuis estivessem queimando minha alma.

  “Estes s?o Marlowe e Hoshigaki. Prometi que você conte o que aconteceu com as 'marionetes'. ”

  “Ent?o foi isso... Já que é assim, ent?o vou contar. ”

  Fiquei liberado com a facilidade de coopera??o, mas n?o consegui falar agora dela.

  Neste momento, as muralhas que eram cinzas come?aram a ficar verdes. Mas n?o era como se mudasse de cor; estava nascendo folhas. Era algo mágico de se ver. E ent?o ela come?ou a falar.

  “A família Blackwood nem sempre foi conhecida por esse nome. éramos títulos famosos, mas nossa família sofreu de uma maldi??o. Meu filho Marcus e sua esposa foram amaldi?oados e transformados em marionetes. ” Após um breve momento ela continuou a falar. “Quem os amaldi?oou disse: até que toda a sua família morra, vocês jamais ter?o paz e vagar?o por esta casa ca?ando qualquer um que ouse passar por aquela escotilha. “

  Escotilha? Pensei. N?o me lembro de ver uma.

  Evelyn contínua; “Obviamente, referindo-se à casa na qual vocês estavam. Depois que essa maldi??o foi lan?ada sobre eles, nós fugimos para esta 'celeste' inferior. Vimos o potencial deste mundo e nos reinventamos como Neurothrax. ”

  Após o fim dessa frase houve simplesmente um apag?o em minha mente, e o mundo simplesmente escureceu.

  “O que isso quer dizer? ” Questiono-me

  “Que frio...” Sinto frio mesmo que n?o consigo sentir meu próprio corpo

  Um feixe de luz branca surge de repente.

  E nada mais acontece...

  “Espera, eu n?o deveria estar aqui. ”

  Isso se parece com... a MORTE.

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