Se deus eu sou, ent?o EU SOU, e criar é o que farei. Do barro e da pedra vou criar seres para meu divertimento e para minha realiza??o, sempre me lembrando do que sou para aquele que me criou.

  Os treze anjos estavam em silêncio, como em silêncio seguiam os eventos desde o come?o desses estranhos movimentos que criavam novos seres, eventos iniciados pelas pessoas.

  Os treze viram as pessoas criando do barro onze caveiras que lembravam, de algum modo, caveiras das pessoas, delas diferindo um pouco, por serem mais suaves e delgadas, e apenas observaram.

  Eles ainda cismavam sobre aquelas esculturas quando elas simplesmente sumiram num manto de luz.

  Preocupados viram quando as pessoas se entreolharam com terror, e logo se puseram em debandada, desesperadamente se ocultando da luz.

  - Eles acham que foi o Trov?o que as tomou, e que ele está zangado com elas – sussurrou Adiene, preocupada com o realmente estaria acontecendo.

  - N?o tem nem uma ideia? – surpreendeu-se Gadhiel, olhando preocupado para Anael.

  - Nenhuma que queira dividir – falou num sussurro.

  - Entendo... Também sinto algo estranho. Mas, é algo bom – Amonet declarou, sondando as outras dimens?es em busca de alguma resposta.

  N?o demorou e viu surgirem onze caveiras de cristal, no mesmo lugar onde antes estavam as esculturas de barro.

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  - S?o elas, s?o as mesmas, só que ao invés de ser de barro, agora s?o de cristal e...

  Devani? ficou com a fala em suspense ao ver surgir mais duas caveiras, estas sendo maiores e parecendo dotadas de um poder divino. Foi ent?o que reparou nas outras onze, e viu que nelas também havia um poder inserido.

  Gadhiel, com o aspecto admirado e emocionado, chamou a aten??o de todos para o que estava acontecendo.

  Havia como que uma neblina de poder que desceu sobre aquele lugar do mundo, e seus cora??es se agigantaram, quando algo que estava na neblina lhes pareceu prestar aten??o.

  - é ele que está lá – sussurrou Cassiel totalmente entregue, os olhos marejados, como todos os que estavam ali.

  E n?o havia como ser de outra maneira. O Trov?o realmente estava ali, e ele ficará um bom tempo os observando, e falando a cada um deles.

  Subitamente saíram um pouco do transe em que estavam, quando o Trov?o que estava na neblina pareceu se dirigir às pessoas que se escondiam com medo de que o UM estivesse com raiva deles.

  Um sorriso se estabeleceu no rosto de cada um deles, quando ouviram gritinhos felizes dentro da neblina, e risos e vozes felizes.

  N?o demorou e logo ouviram passinhos correndo para lá e para cá, como se estivessem a cata de alguma coisa, que eles souberam que era sobre as caveiras, que as pessoas tomavam para si.

  Sondando com intenso respeito a neblina viram as pessoas elevando para um caudal de luz que se posicionava frente à elas, as caveiras. Como que alheados ouviram as pessoas pedindo que fossem animadas, como eles eram animados, e apenas observaram quando nas caveiras foram surgindo troncos, bra?os, pernas, cabelos e tudo o mais, e viram quando seus olhos se abriram.

  Gadhiel observou ao redor, e viu nuvens de seres atentos às novas criaturas. N?o havia inteligência afiada neles, mas havia algo de imenso potencial, todos sentiam.

  - Vejam – Gadhiel chamou a aten??o de todos. – ELE n?o usou as caveiras, mas fez cópias. As verdadeiras, as originais ELE apartou, e vejo que ELE p?s poder nelas.

  - O que será que ELE pretende, ao apartá-las assim? – preocupou-se Layla, tentando entender o que poderia estar por trás da decis?o do Trov?o.

  - Seres de poder. Sinto grande poder nelas ... – suspirou Adiene. - E isso n?o vai ser uma coisa boa, se n?o forem respeitadas.