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MASRIEL E O DAHRAR

  Toquei o sol e o que vive dentro dele, e me maravilhei. N?o sabia que ele vivia ali também.

  Masriel sondou discretamente sua energia mais um pouco, e resolveu que a melhor forma para o abordar seria realmente a de um anjo dahen.

  Assim decidido tomou a dire??o de onde sentia a energia.

  Masriel o encontrou num casebre de paus, no meio de uma larga planície.

  Quando o dahrar viu o anjo deixou a ca?a cair ao seu lado e ficou estático observando-o, uma pergunta muda no rosto.

  - Gostaria apenas de conversar, PontaDePedra – foi logo dizendo o anjo.

  - Sei o que deseja, vigilante, e isso n?o me interessa.

  - Será que n?o mesmo? – contrap?s se aproximando um pouco mais, desconsiderando a cara de poucos amigos do Dahrar.

  - A luta contra os anjos e contra o Trov?o é de vocês.

  - Trov?o... Interessante que vocês insistam em chamá-lo assim. Bem, apenas nomes – cismou. – Em todo o caso, n?o é bem verdade que essa luta seja só nossa – falou se postando à sua frente.

  - Sei que est?o desejosos de uma guerra, que chamam e clamam por ela.

  - A guerra sempre esteve preparada, balan?ando sobre nossas cabe?as como uma espada numa linha fina.

  - Sei... – o dahrar desconsiderou com indiferen?a, apanhando a ca?a e se dirigindo para a cabana, sendo seguido amigavelmente pelo vigilante.

  – Você bem sabe como os gigantes est?o sendo tratados. Dizem até mesmo que o Trov?o está se preparando para extirpá-los dessa terra, juntamente com os da sua ra?a. Os anjos j′s se especializaram em ca?á-los, n?o?

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  - Os gigante... A maioria deles está louca. Se a destrui??o deles acontecer será porque foi merecida. Quanto aos ca?adores, acho que eles n?o est?o tendo muito sucesso – sorriu com desdém.

  - Vocês e os gigantes... Acredita mesmo que eles s?o t?o indesejados por serem loucos em grande parte? Acham o mesmo de vocês, por suas duas espécies se acreditarem senhores absolutos da terra, por se servirem dos homens e pessoas como alimentos? Acredita mesmo nisso? Esses s?o apenas um dos motivos.

  - Ent?o, por que correm boatos de que eles e nós seremos destruídos? Pelo que sei seriam só os gigantes, por desejarem colocar abaixo os céus, por desejarem n?o dar chance à paz, por tramarem contra o PAI e suas cria??es.

  - Ent?o nós também merecemos ser destruídos, agora, porque gritam que nos colocamos contra a vontade do UM?

  - Já foram expulsos da presen?a de PAI, n?o foram? – falou destrinchando a ca?a com sua grossa lamina.

  - Sabe, quando a guerra vier, n?o terá como se manter alheio. Sabe disso.

  - Ent?o, quando ela chegar, veremos como ficaremos.

  - Quero saber, PontaDePedra, se será contra nós...

  - Se eu responder afirmativamente a isso, ent?o você virá contra mim, agora?

  - Quem sabe? Deixar um inimigo vivo, agora ou no futuro, n?o é muito inteligente...

  - Ah, a velha inteligência dos anjos... Preto e branco. Bom para vocês terem vindo para cá... Já ouviu falar em política, convencimento?

  - Ah, claro que sim. Mas sei que isso n?o funciona com os dahrars.

  - é, realmente n?o funciona – sorriu.

  - Ent?o?

  - Se você me obrigar a responder, me obrigará a tomar uma posi??o, que n?o desejo no momento. Prefiro aguardar o tempo correr.

  Lúcien ficou em silêncio, observando com cuidado o dahrar, tentando se decidir quanto à atitude que tomaria. Por fim relaxou e suspirou, o que n?o passou despercebido para o dahrar.

  Foi nesse momento que, num golpe violento e rápido, o dahrar riscou o ar com a grossa lamina de cristal endurecido, cortando fundo o pesco?o do anjo, que se virou confuso para o terrível nefilim, que o observava com os olhos duros e frios.

  > N?o deveria ter vindo me amea?ar.

  - Você n?o sabe o que fez. Os vigilantes ir?o ca?ar vocês por isso – sofreu o vigilante, sentindo suas for?as se desfazerem.

  - Já somos ca?ados por anjos, que s?o bem mais fortes e ferozes que vocês, vigilantes. Além disso, sei que vocês, quando morrem aqui, reencarnam, e provavelmente como homens, que tanto nojo lhes causa. O Trov?o foi bem malandro, n?o foi mesmo? E, respondendo a sua pergunta, ainda n?o me decidi, nem os meus irm?os. E é uma pena – falou girando suavemente a faca na m?o, os olhos se desviando enquanto o vigilante se desfazia lentamente, - que nem mesmo tenham uma carne para ser aproveitada.

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