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O SISTEMA DE LIRA - Tempo matéria – Resultados da guerra.

  Foi num sol que foi criada a água.

  Como crian?as n?o sabemos onde está o limite. Como aprender?

  I

  O sistema de Lira era o lar, junto com o sistema de Libra, das primeiras civiliza??es densas das centelhas que come?aram a se desenvolver logo após a cria??o de Thanis e de suas galáxias e sistemas. Havia muita expectativa quando ao desenvolvimento dessas civiliza??es, e por isso o choque n?o poderia ter sido maior.

  Haamiah observava com perplexidade e horror o sistema Liriano.

  Pelo que descobriram o sistema libriano fora o primeiro atacado pelas hordas escuras. Em pouco tempo ele estava destruído, com muitos do seu povo espalhados para bem longe. E o mesmo acontecera logo após com o sistema de Lira. Ele também se mostrava destro?ado, como provavam as terríveis marcas de destrui??o que se viam por todos os planetas e luas do sistema.

  Das m?nadas que ali haviam se instalado e criado as civiliza??es apenas poucas sobravam, agora espalhadas para bem longe de Lira, e o estado em que estavam era deplorável, os anjos sentiram, n?o sendo nem mesmo uma sombra pálida do que haviam sido.

  Samael ficou de longe, observando. Sabia que, enquanto encarassem tudo o que estavam vendo como se fosse novidade, apenas estariam gritando a própria fraqueza. Se aquela era uma das possibilidades reais, na verdade a possibilidade em andamento, teriam que deixar de lado essa vis?o de surpresa e de vítima.

  Mas, como poderia ser diferente, se nem ao menos conseguiam encarar o que acontecera ali?

  - Eles tomaram o sistema e o fizeram deles. Eles est?o ali dentro – avisou Amadiel.

  - E instalaram armas terríveis em todos os planetas e luas – alertou um anjo brilhando em vermelho.

  - Eles mostram que est?o dispostos a se defenderem de qualquer retalia??o – falou Haamiah. – Quase todos os planetas e luas est?o armados.

  - Do sétimo para o sol todos est?o – reconheceu Khyah.

  - Temos que encarar Lira como a base deles, ao menos por enquanto – convenceu-se Samael. - Eles a fizeram deles. Ent?o, vamos ter cuidado, muito cuidado. Precisamos saber com muita certeza a for?a que possuem aqui.

  Achando melhor n?o se aproximarem, nomearam alguns dos anjos mais discretos e resilientes para que lan?assem suas consciências para dentro do sistema, tendo o cuidado para se manterem ocultos, ainda mais sabendo, agora, o que havia acontecido com Azazel quando fora capturada logo no início.

  II

  - Eles destruíram tudo, apenas para... é certo isso que estou vendo? – assombrou-se Anaita, a luz parecendo descrente com os relatórios apresentados pelos espi?es.

  - Parece que é isso mesmo. Eles destruíram e dominaram apenas para ter poder sobre os librianos e lirianos...

  - Mas, para que desejam isso? – estranhou Castiel.

  - Para poderem tomar a energia deles – horrorizou-se Dangelo.

  - Deve haver algo errado no que estamos vendo – Melchior olhava com desconfian?a para o sistema. – Tomar a energia deles? Nem mesmo nas guerras antigas eles faziam isso. Por que isso? A energia está aí, disponível – falou, a confus?o intensa na voz.

  - Eles n?o sabem mais como ter acesso à energia do UM – Anaita esclareceu. - N?o sei como se esqueceram disso, mas é o que sentiram os que enviamos.

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  - Aguardem aqui – Amadiel, decidido, num movimento súbito entrou no sistema.

  Com todo o cuidado possível Amadiel foi progredindo quase invisível numa dimens?o acima, anotando tudo o que sentia e via.

  Tomado de espanto viu que eles tinham assumido formas estranhas, que construíram de energias densas. Eram corpos inteligentes, mas frágeis perante o volume da energia verdadeira que as m?nadas poderiam dispensar. E, como que para provar que eles estavam perdidos na queda que se deram, conseguia ver que era real o que haviam desconfiado logo no início, de que eles mostravam que n?o tinham mais a capacidade para viajar por voli??o, o que os obrigava a lan?ar m?o de cascas de metal forjado nas estrelas.

  Como para provar a queda terrível em que estavam, a destrui??o que viu ao redor o abalou profundamente, e Amadiel se deixou perder na vis?o. Foi ent?o que uma guarni??o escura o viu, pilar que era, pulsando num suave e belo vermelho frente a um dos planetas que apresentava um anel de destro?os da sua lua, enquanto que a superfície se mostrava tomada por intenso fogo.

  Eles investiram com for?a, as naves vomitando uma energia estranha, parecida com uma gosma.

  Amadiel ficou paralisado, indeciso sobre como proceder.

  Ainda aturdido com as vis?es terríveis a que tivera acesso acabou sendo atingido várias vezes.

  A dor o tomou.

  Em desespero tentou se livrar, mas aquilo era muito pegajoso e pesado. Sentia coisas estranhas no corpo de trono, em seu merkabah, como se fossem toques sódios e densos que se irradiavam para dentro como dedos de fogo.

  Subitamente sentiu uma rajada de energia atingi-lo, o que o refez, dando-lhe tempo para refazer a for?a de seu merkabah e estender uma aura protetora à sua volta.

  Ent?o viu duas das dez naves explodindo bem à sua frente. Confuso sobre o que teria causado as explos?es virou-se para confrontar o atacante, e o que viu o deixou imobilizado, enquanto as naves partiam velozes contra os seres que as atacavam.

  Samael e Haamiah estavam parados, pulsando com violência em uma energia irradiante.

  Como se fossem riscos no espa?o escuro ele os viu destruir várias das naves e pairarem silenciosamente a frente das únicas três sobreviventes, que Amadiel viu que Haamiah imobilizava.

  Amadiel, como que hipnotizado, viu o que Haamiah e Samael eram, pulsando em tons amea?adores frente ás naves restantes.

  Subitamente viu quando Haamiah as liberou. Curioso viu quando as naves n?o se afastaram, permanecendo imóveis à frente daqueles imensos anjos, agora manchados de vermelho. Amadiel estendeu um pouco sua energia para as naves, onde p?de sentir com nauseante clareza uma forte energia de medo vindo do interior delas.

  - N?????OOOO – ele gritou, dirigindo-se rapidamente contra os dois anjos.

  Com violência entrou pelo meio deles, atingindo cada um deles pelo lado, o que os obrigou a focar sua aten??o em si.

  > N?o podemos cair assim – gritou para eles que, num pulso extremamente poderoso, se recompuseram, um em cinza raiado de branco e vermelho e o outro em puro azul, apesar de também ainda muito manchado de vermelho. – Vocês estavam gostando de tocar o medo deles – alertou tomado de horror.

  Samael e Haamiah se mantiveram em silêncio, atentos a Amadiel. Amadiel suspirou aliviado quando viu as raias vermelhas que tingiam as suas auras irem lentamente se esvanecendo, até que desapareceram por completo.

  - Você está certo, Amadiel – falou Haamiah, por fim. - Pe?o que me perdoe, e muito obrigado – falou, virando-se para encarar as naves.

  Samael apenas observou Amadiel, e o que Amadiel viu lhe disse mais que mil palavras. Havia ali um agradecimento t?o profundo que encheu sua alma de paz.

  Amadiel se virou também, se aproximando mais para o lado deles, assimilando a decis?o que eles tomaram.

  Lentamente, ao lado deles os outros foram surgindo, todos mostrando a face dura de um anjo que decidira aceitar a guerra em toda sua express?o.

  Haamiah pulsou, uma luz dura e determinada, até mesmo fria.

  - V?o e contem que n?o vamos aceitar mais de bom grado o que est?o fazendo – os que estavam dentro das naves ouviram a voz do anjo ribombando dentro do casco de metal de suas naves.

  Lentamente, para n?o levantar qualquer risco, as naves se viraram e tomaram a dire??o do segundo planeta. Assim que estavam distantes, numa distancia que acreditavam estarem seguras, aceleraram e sumiram na escurid?o.

  Samael se virou para a grande muralha de anjos, ligando a sua mente mais fortemente com eles, e eles gemeram de temor.

  - A luz é um alimento, nos fortalece, nos centra – falou. – Vocês viram o que aconteceu comigo e com Haamiah, e o que poderia ter acarretado. N?o sei se foi um engodo, ou se foi uma a??o premeditada ou uma a??o ao acaso. Mas, agora sabemos o que eles já sabiam e que usam: o medo e o ódio, o desprezo e o rancor, também s?o alimentos, e temos que estar atentos para n?o nos servirmos deles – alertou.

  Castiel se olhou com estranheza, e após olhou todos os outros.

  - Vocês viram o que aconteceu aqui? N?o foi o de sabermos, agora, como e do que eles se alimentam, e que pode ser um risco para nós. Vocês viram o que fizemos?

  - Do que fala, Melchior?

  - Nós os atingimos, na dimens?o deles. Por algum tempo, muito curto, baixamos nossa vibra??o para o nível de vibra??o deles – declarou assustado.

  - Vejam – gritou Uriel apontando para dentro do sistema de Lira. – N?o estamos sozinhos.

  Os anjos prestaram aten??o para onde Uriel dirigia sua aten??o, e ficaram confusos com o que presenciavam.

  - Ent?o n?o fomos os primeiros a nos adensarmos para esta dimens?o – falou Castiel assombrado.

  - Eles adquiriram corpos mais densos para si. Eles se deram formas dahen – murmurou Anaita.

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