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OS ANJOS GUERREIROS - tempo matéria - Fomos obrigados!

  Foi num sol que foram criados os outros elementos.

  Eu vejo o que está acontecendo, e sei que n?o tem como ir contra esse fluxo, porque ele é desejado por todos, inclusive pelo deus que somos.

  I

  Samael se virou no momento exato para ver uma grande fileira de anjos ser atingida por poderosos jatos de naves escuras, em oposi??o de onde estavam.

  - Há uma grande concentra??o de escuros por aqueles lados – avisou Haamiah, a vontade posta na distancia.

  Como uma for?a articulada volitaram rapidamente para aquele lado, surgindo de súbito junto aos anjos, que apenas mostraram que tinham consciência deles. Após o reconhecimento de ambos os lados, caíram violentamente sobre as naves inimigas.

  Samael sentiu o impacto doloroso quando a jato de energia disparado por uma nave o atingiu. Confuso com tal violência emitiu um curto gemido, mantendo a nave sob aten??o. A nave fez uma curva curta, e Samael entendeu o que ela estava procurando fazer. Já estava se sentindo um pouco mais confiante em entender as tramas que eles estendiam contra os que chamava de inimigos.

  Aquela nave estava apenas tentando distraí-lo.

  Com um movimento volitou de súbito, surgindo atrás de uma gigantesca nave, orientando a posi??o da segunda, que rapidamente descarregou a sua perigosa carga.

  O jato de plasma fendeu a escurid?o e atingiu a primeira nave com todo seu poder, que brilhou por um segundo e explodiu fragorosamente, numa nuvem rápida de fagulhas.

  Ativando fortemente seu poder como uma coura?a Samael se atirou contra a nave, explodindo-a numa terrível explos?o. O estrondo encheu de luz todo aquele espa?o, atulhou-o com um som violento quando a onda de choque atingiu os que se batiam.

  Mas era apenas um estrondo entre muitos outros estrondos.

  Subitamente, como uma amea?a, imensas armas foram surgindo e brilhando nos espa?os, e todos entenderam o que eram. Muitos sistemas haviam desparecido depois que elas eram mostradas.

  O grande anjo, que parecia ser o que comandava toda a carga angélica contra os escuros, chamou a todos e recuou da batalha, se mantendo quieto na borda do sistema de Lira. N?o demorou, e logo estava secundado por todos os outros, inclusive os que estavam com Haamiah e Samael, que se posicionaram ao lado do grande e estranho anjo.

  Em silêncio viram uma grande nave cheia de luzes se destacar da frota que lhes fazia frente, tomando a dire??o de onde estavam. Quietos a ficaram observando, aguardando-a se aproximar.

  - Acho que sabemos como isso pode terminar, n?o sabemos? – ouviram da nave.

  A voz parecia rir deles.

  Samael ouviu aquela voz, e viu que nela havia algo de escurid?o, como orgulho, ego e sarcasmo, como viu que ali também havia medo, como se acreditasse que, se fosse atacado, a morte o recolheria.

  - Como haviam caído – cismou.

  - Diga o que quer – falou o anjo para os que estavam dentro da grande nave capitania.

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  - Ah, vocês sabem!!! Sabemos que n?o podemos fazer muita coisa contra anjos como vocês, mas esses planetinhas... T?o frágeis... Est?o dispostos a perder todo esse sistema também?

  - Nunca nada é perdido. Acho que vocês esqueceram disso também, n?o é mesmo?

  - Você é que se engana, anjinho. O lado escuro tem seus poderes também. Dem?nios ou anjos escuros, tanto faz, n?o é? Estou certo?

  Todos sentiram aquela sensa??o pesada, repleta de amea?as. Ent?o rapidamente alteraram suas vibra??es, subindo uma dimens?o.

  E lá estavam eles, ao lado da nave, que parecia ter diminuído e parecer emba?ada.

  Para os que estavam nas naves seria como se os anjos simplesmente tivessem partido, sumindo contra o negror do espa?o, já que eles estavam sumariamente presos na terceira dimens?o. Mas, eles deviam saber o que se passava, porque permaneciam estacionados, como se aguardassem algum sinal para alguma a??o premeditada

  Samael viu os três gigantescos dem?nios, faixas escuras saindo deles e tocando e penetrando nas naves, como dedos frios e disfar?ados.

  O que eles fariam, os escuros que se denominavam drakos e arcons, se vissem os seres que os dominavam e ditavam seus caminhos a partir da quarta dimens?o?, cismou Samael, absorto naquela vis?o.

  - Eu conhe?o vocês – cumprimentou o anjo. – Mercator, Trevas e Escurid?o, os três primeiros dem?nios...

  - Também conhecemos você. Nemaiel, n?o é mesmo? – riu o que se denominava Escurid?o. – Mas, esses aí do seu lado eu n?o conhe?o – falou se dirigindo para Samael e Haamiah e aos outros anjos que pulsavam como torres.

  - Mas eu já vi esse mais cinza uma vez, perto de um lugarzinho mais que desprezível – reconheceu Mercator. – Eu tive um de seus irm?os, uma demiana à m?o – sorriu com satisfa??o.

  Samael apenas deu um pulso em reconhecimento, tentando apressadamente sorver toda aquela nova situa??o. Ali estavam os anjos, que haviam assumido premeditadamente a forma dahen, n?o se mostrando mais como torres de luz, agora possuindo órg?os e bra?os e pernas e cabe?as. Em silêncio ficou se perguntando se os drakos e arcons nas naves, e os três dem?nios, n?o haviam tentado imitar suas formas, mesmo que de forma t?o canhestra.

  Com aten??o examinou os dem?nios, e se lembrou de quando viu um deles logo ao surgimento dos escuros junto a Aden, quando Azazel fora capturada. Esses dem?nios mostravam formas dahen grotescas e duras que se confundiam enrolados em neblinas que se revolviam, mais escuras que o espa?o em volta, como se fossem mantos. E havia aqueles olhos vermelhos em alguns e amarelos em outros. Eram formas que faziam sua compaix?o doer.

  - Me chamo Samael, e esses ao meu lado s?o minha família. E sim, já nos encontramos uma vez.

  - Que bom, ent?o – falou Trevas, se posicionando à frente da muralha de anjos humanos e pilares. – Vocês bem sabem o que pode acontecer aqui, n?o é mesmo? Lira e Libra est?o fora do alcance de vocês. Ent?o, vou facilitar para vocês: eu vejo duas op??es. Ou abrem m?o deles, porque vamos destruí-los, como já viram que podemos fazer e temos o prazer de fazer, ou podem ir-se embora, levando e acalentando uma pobre esperan?a de recupera??o para mais tarde.

  Samael sentiu como se fosse um riso, cheio de prazer, ao propor o abandono do sistema pelos anjos.

  Sentiu o exato momento em que o anjo chamado Nemaiel capitulou.

  II

  Haamiah se aproximou de Nemaiel, que vigiava o sistema de Lira de longe.

  - A op??o que escolheu foi a melhor – tentou consolar.

  - Acho que sim – falou o anjo voltando os estranhos olhos para observar o anjo em pilar. – Tenho ouvido falar muito de vocês... S?o uma família de guerreiros, n?o é mesmo? Haamiah e Samael... As velhas guerras. Pensei que tivessem abdicado delas.

  - Tivemos que voltar, porque a escurid?o n?o abdicou de seus desejos inomináveis – interveio Samael se aproximando.

  - Sim, eles n?o abdicaram. Nem nós...

  Haamiah apenas pulsou em concordancia, o brilho um pouco esmaecido demonstrando sua tristeza, que parecia acompanhá-lo cada vez mais.

  - S?o tempos terríveis esses, que n?o mostram sinais de que n?o v?o cair mais. Tudo ainda é novo, e n?o vejo sinais de que esteja se estabilizando – Nemaiel sussurrou.

  - Levará ainda algum tempo até que tudo se acomode e cada um possa saber seu lugar – cismou Samael.

  - Foram vocês que libertaram o sistema de Satania, n?o foram?

  - Sim, fomos nós, Nemaiel – confirmou Haamiah.

  - Sabem que eles logo voltar?o para lá, n?o sabem?

  - Sim, imaginamos que sim... – concordou, voltando a aten??o para os seus, que interagiam com os anjos humanizados. Com um sorriso viu vários alterando suas formas e juntando-se a eles. – Mas, logo tudo vai se acomodar, achar seu lugar, tal como nós.

  - Que bom que desejam isso, que est?o dispostos a construir isso. Tendavar, meus irm?os – Samael cumprimentou os anjos, se preparando para partir.

  - Akindará – cumprimentou Haamiah, em despedida.

  - Tendavar, meus amigos – cumprimentou o anjo em resposta, pensando sobre aqueles antigos cumprimentos, se perguntando para onde aqueles anjos se encaminhavam.

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