home

search

AS DESCIDAS - 1,329 e4

  Achei que pudesse entender a solid?o e que ela seria suportável. Como o meu mundo ficou t?o pobre?

  Por mais que me julgasse preparado, agora sei que apenas assim me julgava. Eu n?o estava!

  Primeiro desceram três deles, Azazel, Jophiel e Zaniel.

  Foi uma cena comovente, cheia de risos e sorrisos, de toques carinhosos cheios de esperan?a, como quando se despede para ir dormir num quarto t?o esperado após um dia estafante de trabalho duro.

  Os três estavam ali e decidiram que a hora chegara para eles, que eles precisavam de um novo nível de experiência. Assim que se decidiram as asas foram se dissolvendo, tal como as espadas que portavam, tal como as armaduras que envergavam. à nossa frente sorriam enquanto se dissolviam na luz do sol. Suas m?nadas piscaram suaves e subiram para a quarta dimens?o, onde seriam orientadas pelos seres de luz que já os aguardavam e de onde desceriam.

  Por vontade deles as informa??es sobre quem seriam, em que tempo, onde desceriam e os pontos de marca??o, ficaram ocultos para todos nós.

  Nós, que ficamos, sorrimos confusos, uns para os outros.

  No tempo que correu a partir de ent?o, os outros foram descendo, um a um. às vezes desciam em dupla, às vezes desciam solitários; às vezes com olhos cheios de esperan?a; às vezes com um toque assustado no rosto e nas m?os. Mas foram descendo, um a um, até que por fim...

  Sênior viu o último de seus irm?os ganedrais descendo. Seu cora??o ficou doído e silencioso quando Jasmiel subiu de dimens?o. N?o quis ir ver os preparativos da descida dela, e nem tentou se enganar dizendo-se que era por respeito à vontade dela, porque para todos os outros se fizera acompanhante. Havia aquela dor, sabia que ela sabia disso, porque ela come?ara a sentir a mesma sensa??o com cada companheiro que se ia antes dela.

  This story originates from a different website. Ensure the author gets the support they deserve by reading it there.

  Sabia que ela o desculparia por n?o estar presente em sua descida.

  A dor o prendia, uma dor que n?o entendia. Desde que se descolaram do UM, eons antes, nunca se sentira t?o só, e nunca pensara em se preparar para encarar tal sentimento. Agora via que devia ao menos ter tentado.

  Com um suspiro amplo e demorado sondou muito de leve a superfície do planeta, fixando-se na terceira dimens?o.

  Por alto reconheceu três dos seus companheiros, e rapidamente se desligou deles.

  Sabia o qu?o dura era aquela experiência, o quanto na escurid?o estavam se jogando, apesar de manterem, por algum tempo, algumas de suas lembran?as.

  - Ent?o, realmente pretende n?o descer? – ouviu ao seu lado.

  Sênior inspirou demoradamente, tirando de si o peso que o incomodava.

  - Por enquanto n?o, Derfla – declarou pensativo, a voz distante e algo triste. – Uma nave maior? – sorriu para o amigo que, da ponte de comando, em pé, pose marcial, as m?os nas costas, o observava.

  - N?o sou mais um anjo já faz muito tempo. Essa é bem mais rápida que as outras que eu utilizava – sorriu.

  - éééééé... Sua nave é muito bonita – elogiou.

  - Obrigado, Sênior. Mas, ela sofre um pouco, quando temos que vir para esta dimens?o. E quanto a você, o que pretende, meu amigo?

  - Ainda estou pensando. N?o tenho pressa. Acho que vou ficar por aqui, por enquanto. Podem precisar de mim.

  - Tal como Castiel, que rezou para você?

  - Sim, tal como ele. Essa experiência é muito pesada. E tem o véu... Quando se desce para a experiência, leva-se algum tempo para se acostumar com tudo isso. Mas, eles s?o eles, n?o s?o? S?o fortes, corajosos, altruístas, bondosos até o cerne, e duros quando necessário que o sejam.

  - Sabe que alguns deles, sen?o todos, v?o cair e se perder, n?o sabe? Essa é a essência da experiência. A escurid?o será exposta e testada, constantemente, em cada um deles.

  - Bem sei, e eles também sabem. Tenho muito orgulho deles.

  - Eu sei, meu amigo... Confesso que, se algum dia eu resolver descer, da forma mais egoísta eu gostaria de contar com você como meu anjo guardi?o – sorriu, um sorriso largo e feliz. – Sinto a energia do velho tardisch. N?o o guerreiro enfezado e raivoso, mas..., apenas o guerreiro.

  - Enquanto precisarem. Um tardisch cuidando dos veladores – cismou com os pensamentos um pouco distantes. - E, se algum dia eu descer, saiba que conto com você, meu irm?o... – sorriu meio acabrunhado. - Mas, por enquanto...

  - Sênior, Sênior... Você n?o é responsável por eles, sabe, n?o sabe? Sua única responsabilidade é com você. Se você está bem, tudo ao seu redor, até os confins desses universos, estará refletindo isso.

  - Eu sei. Mas, cuidar deles é parte da minha felicidade. Gosto de saber que est?o bem, que est?o protegidos...

  - Amor... Que bom, meu amigo.

Recommended Popular Novels