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Emboscadas!!!

  O som de passos pesados ecoava pelas escadas do velho prédio onde Kael vivia. Ele estava encostado perto da janela quebrada, com uma flanela manchada de óleo e suor. Miguel, deitado num canto com a cabe?a apoiada em um travesseiro velho, despertou com um estrondo de metal e gritos abafados vindos da rua.

  Tiros.

  Kael se ergueu no mesmo instante, olhos atentos, músculos tensos. Ele puxou um rifle velho encostado na parede e o jogou para Miguel.

  


  Kael: “Você sabe usar?”

  


  Miguel (engolindo seco): “N-N?o…”

  


  Kael (enfiando outro carregador no rifle dele): “Ent?o atire em tudo que se mover por aquela porta.”

  A porta do apartamento foi arrombada com uma explos?o seca. Assim que o primeiro soldado atravessou a fuma?a, Kael disparou um tiro limpo que atravessou o capacete e explodiu a cabe?a do inimigo, atingindo também o segundo logo atrás. Ambos caíram no ch?o com o som oco de carne e ferro.

  O fogo cruzado come?ou. Balas perfuravam as paredes. Miguel se encolheu num canto, tentando seguir a ordem de Kael — mas errou todos os tiros, as balas acertando o teto e o ch?o.

  Malphas, tentando fugir por um corredor lateral, foi atingido no ombro por um projétil incandescente, mas conseguiu escapar saltando por uma abertura no teto.

  Kael entrou em combate direto: enfrentou um dos soldados com os socos ingleses. Ele derrubou o primeiro com uma joelhada, mas o segundo o pegou de surpresa pelas costas. Antes que pudesse reagir, três o imobilizaram.

  


  Soldado: “PEGA ELE! VIVO!”

  Num último ato de impulso, Kael chutou a janela lateral, se desvencilhou dos bra?os e se jogou do terceiro andar, caindo sobre o cap? de um carro enferrujado na rua. O impacto quebrou duas costelas, mas ele rolou para fora, se arrastando até um beco e sumindo na noite.

  Miguel ficou para trás.

  Da janela, uma silhueta se aproximou: Azrael, impecável em sua armadura escura, o sobretudo balan?ando com o vento da noite. Ele olhou para baixo, onde Kael havia desaparecido.

  


  Azrael (sorrindo, cínico): “Ele n?o presta. Te deixou pra trás.”

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  Miguel o encarou, sem saber ainda quem era aquele homem — mas odiando cada palavra dita.

  Miguel agora estava amarrado numa cadeira, em um galp?o úmido e fedido a óleo velho e sangue seco. Lampadas fracas pendiam no teto. Dois soldados o encaravam, ambos de armadura preta com o símbolo da Aegis riscado por sangue de dem?nio.

  


  Soldado 1: “O que você viu no bar?”

  


  Miguel (sarcástico, cuspindo sangue): “Vi seus ca?adores de merda virarem monstros.”

  O soldado franziu o cenho, e sem aviso, desferiu um murro direto no est?mago de Miguel, que cuspiu mais sangue no ch?o de concreto.

  A porta do galp?o se abriu, e a temperatura da sala pareceu cair alguns graus. Azrael entrou. Frio. Impecável. Seu olhar atravessava a alma de qualquer um ali.

  


  Azrael: “Ent?o você sabe quase tudo sobre nós…”

  (pausa)

  “Bom… ent?o você sabe o que vai acontecer com você depois daqui, n?o é?”

  


  Miguel (com os lábios partidos, tremendo, mas desafiador): “Vai à merda… seus monstros…”

  Azrael ergueu lentamente a espada apoiada nas costas. A lamina reluziu sob a luz amarela da sala. Ele ia se aproximando…

  Até que um rádio preso ao seu peito crepitou:

  


  Voz no rádio: “Azrael, retorno imediato à base principal. é urgente tem haver com o Kael...”

  Azrael suspirou. Baixou a espada. Olhou mais uma vez para Miguel.

  


  Azrael: “Você teve sorte.”

  Ele saiu do galp?o. O port?o metálico se fechou com um estrondo ecoante.

  Kael, escondido junto a Malphas entre os escombros do pátio, observava os soldados se reorganizando lá dentro.

  


  Malphas (rosnando): “Quer atacar agora?”

  


  Kael: “N?o. Espera mais um pouco, eles caíram na distra??o… Vamos mandar esses filhos da puta pro inferno direito.”

  A porta lateral do galp?o explode com um chute, e a silhueta de Kael surge na fuma?a da explos?o, empunhando a espada.

  


  Kael (gritando com um sorriso de puro ódio):

  "O papai chegou, seus filhos da m?e!"

  Os soldados se viram assustados, e o massacre come?a.

  Kael avan?a como uma for?a imparável — os socos ingleses quebrando armaduras, a espada dilacerando carne e metal. Malphas surge logo atrás, conjurando correntes flamejantes que prendem e arrastam soldados contra a parede.

  Gritos. Tiros. Sangue espirrado nos painéis metálicos. Um massacre silencioso.

  Kael caminha até a cadeira onde Miguel está, arrebenta as algemas e o ergue com cuidado. Miguel, atordoado, apenas o encara.

  


  Kael: “Foi mal garoto por ter deixado você esperando.”

  


  Miguel (ainda ofegante): “…Você tinha um plano?”

  


  Kael: “Tinha. Mas n?o pensei que fosse t?o ruim assim.”

  


  Miguel: “N?o importa. Agora eu quero me vingar desses desgra?ados também.”

  


  Kael (sorrindo de lado): “ótimo. Bem-vindo à guerra.”

  Eles saem caminhando juntos pela porta dos fundos, com o armazém em chamas atrás deles.

  FIM.

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