Depois daquela confus?o, May e os outros levaram o Tony para casa e eu segui o Mark para me desculpar.
–Mark, por favor, espere! Gritei correndo atrás dele.
–O que foi? Já cansou de brigar com o Tony? Respondeu.
–Eu preciso me desculpar, meu desentendimento com o Tony foi longe de mais e acabou afectando outras pessoas.
Enquanto falava, Mark me surpreendeu com uma pergunta meio inusitada.
–Pete, você gosta de Tony?
Olhei para o rosto do Mark, vi que ele estava muito sério naquele momento.
–Como poderia gostar de Tony? Eu gosto de meninas, como poderia agora gostar de um homem?
–Já que você continua negando isso, nada posso fazer, apenas observar até quando você vai segurar isso.
Embora a pergunta de Mark tenha sido inusitada, ela carregava um pouco de verdade. O Tony era a única pessoa que me fazia sentir confortável, feliz, entusiasmado. Com ele as coisas mais difíceis pareciam leves para mim, ele era a minha luz, toda vez que via a rosto dele, todo o resto n?o fazia mais sentido.
Será que estava a come?ar a gostar dele. Por que continuava pensando nele mesmo n?o querendo. N?o, isso n?o pode ser. Eu n?o estava me apaixonando pelo Tony.
De repente o som alto de uma buzina soou, eu estava t?o distraído em meus pensamentos que n?o notei que estava no meio da estrada.
–Senhor, está tudo bem? Perguntou o motorista do carro preocupado.
–Sim, está tudo bem. Me desculpe. Respondi.
–Da próxima tenha mais cuidado, você quase me assustou.
Sai dali e fui para casa, o Mark tinha voltado para o hotel onde estava hospedado. Aquele tinha sido um dia muito agitado.
Cheguei em casa e liguei logo para o Kai.
–Al?, Kai! Como v?o as coisas aí em Paris?
–Al?, Pete! Está tudo sob controle.
–Quando volta? Tenho algo que preciso te contar.
–Também tenho algo que preciso te contar, voltarei dentro de três meses.
Despedi-me do Kai e desliguei o telefone. O que o Kai tem para me contar que n?o podia ser ao telefone. Decidi deixar aquilo para lá, estava t?o empolgado para contar a ele que eu havia reencontrado a May.
O tempo foi passando, a inaugura??o do novo Casino estava chegando, eu infalivelmente me encontraria com o Tony.
O grande dia chegou, fui ao Casino acompanhado pelo meu pai. Chegados lá, vi o Tony ao lado da May. Naquela noite, o Tony estava totalmente deslumbrante, quase todas as mulheres presentes no sal?o lan?avam olhares devoradores sobre ele, e, aquilo me deixava um pouco desconfortável.
Eu mal conseguia tirar os olhos sobre o Tony, a frieza dele sobre mim, parecia um íman que me puxava até ele sempre que o olhava.
"Boa noite a todos, obrigado pela vossa presen?a. Como todos sabem, estamos aqui para comemorar a abertura do novo Casino da família Foxy. E, a minha filha, May Foxy vai estar à frente da gerência juntamente com o senhor Clark."
O meu olhar sobre Tony abrandou com o anúncio do Sr. Foxy. Olhei para May por um instante, e vi que ela me lan?avam um olhar curioso. Com certeza, ela queria saber mais sobre mim, mas aquele n?o era o momento dela saber.
Saí da sala e fui para a sala de jogos, e lá estava nada mais e nada menos que o Tony Foxy.
–Boa noite, Sr. Foxy. Comecei a conversa.
–Boa noi...! N?o é possível, você de novo? N?o consegue manter uma certa distancia?
–Você está me seguindo?
–Claro que n?o. Apenas quero saber como você está? N?o podemos nem apenas conversar como homens crescidos?
Ouvindo aquilo, Tony levantou, segurou no meu bra?o e estava preste a me tirar da sala.
–Hoje você terá que me ouvir? Até quando você vai deixar de ser infantil.
–Como você pode ser t?o manipulado pelas pessoas e principalmente pelo Dew?
Essas palavras n?o caíram bem para o Tony que partiu para cima de mim. Um briga come?ou naquela sala.
O senhor Kim tentou nos separar sem sucesso e saiu apressadamente da sala.
Minutos depois apareceram o meu pai e o senhor Foxy.
–Mas que confus?o é esta? Perguntou o senhor Foxy.
–Por favor, todos presentes na sala, nos dêem licen?a. Continuou.
–Senhor Clark, Senhor Foxy, estou muito desapontado convosco, se vocês têm algum problema, por favor, resolva fora do Casino.
–Nós n?o estamos aqui para oferecer espetáculos gratuitos de lutas, nós temos negócios a tratar.
–Como pensam em trabalhar juntos com esses vossos assuntos mal resolvidos. O acidente ocorreu há 6 anos, como até agora vocês n?o resolveram isso.
–Como? Trabalhar com o senhor Clark? Isso é impossível, n?o há condi??es para que ambos trabalhemos juntos. Comentou Tony.
–Querendo como n?o, vocês trabalhar?o juntos, eu n?o me importo com vossos assuntos, estamos aqui pelo profissionalismo. Continuou Senhor Foxy.
–Eu n?o vou trabalhar com o senhor Clark. Tony já estava todo decidido.
–Eu também n?o vou trabalhar com o senhor Foxy.
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–Vocês v?o trabalhar juntos e ponto final. Se n?o for por vocês, pelo menos forne?am um ambiente adequado para a May trabalhar. Finalizou Senhor Foxy.
Ambos olhamos para a May e concordamos em trabalhamos juntos.
O tempo foi passando, eu estava fazendo o meu trabalho de tutoria para a May e ao mesmo tempo estava conhecendo a nova May.
Ela sempre se esfor?ou para que eu n?o me cruzasse com o Tony durante esses três meses.
Faltavam duas semanas para terminar a minha supervis?o à May. E o Senhor Foxy preparou um jantar para os membros de direc??o e funcionários do Casino. Aquela também era uma forma de despedida.
Durante o jantar vi que o Tony havia desaparecido. Naquele momento senti um aperto no peito.
De repente o Tony apareceu muito bêbado no sal?o.
–Pete, você destruiu minha vida, meus sonhos, meu amor. Tony falava solu?ando.
–Aquele acidente partiu n?o só o meu joelho, mas também destruiu alguns sonhos. Continuou.
Olhei para o Tony e para May. O Tony acabava de revelar parcialmente a minha identidade.
–Pete? Perguntou May.
–Sr. Clark, o seu primeiro nome é Pete? Continuou.
–Sim, meu nome é Pete Clark. Respondi sem rodeios.
–Demorou muito para descobrir meu primeiro nome, May. Continuei.
–N?o acredito, o meu pai havia comentado que o Sr. Clark havia adoptado duas crian?as no mesmo dia em que eu fui adoptada, só n?o esperava que fosse você.
–Finalmente nos reencontraremos. Disse May.
–Onde está o Kai? Perguntou.
–O Kai está numa forma??o no exterior, mas estará de volta em duas semanas. Respondi.
Enquanto esclarecia as coisas com a May, o Tony continuou.
–Pete, porquê você entrou na minha vida. Desorganizou minha vida e saiu sem pedir desculpas.
Apenas fiquei observando o Tony e pensando, quantas vezes eu quis esclarecer as coisas com ele, como poderia pedir desculpas se ele estava sempre me afastando.
A May claramente estava exausta com aquela situa??o. Ela só queria que os dois se resolvessem.
–Os dois, por favor, me acompanhem até o escritório. May já estava saturada com aquilo e os funcionários estavam assistindo aquela cena.
Fomos ao escritório da May e chegados lá, acidentalmente eu escorreguei e acabei beijando o Tony. A May estava de costa para nós, p?e isso n?o tinha visto nada.
–Você enlouqueceu? Perguntou Tony me empurrando para longe.
–Pe?o desculpas, eu apenas escorreguei, n?o foi propositado. Respondi.
–Você sempre tem justifica??o para tudo. Tudo para ti n?o passa de um acidente.
Os dois acabaram por entrar numa outra briga frenética e n?o se deram contam que haviam atingido a May.
–May! Eu e Tony gritamos ao mesmo tempo.
–May, está tudo bem? Perguntei muito preocupado.
–Sim, está tudo bem? Apenas estou cansada das vossas brigas frequentes, n?o conseguem separar o assunto pessoal e o profissional.
–Até quando terei que me esfor?ar para que vocês n?o se cruzem nos corredores do Casino?
–Vocês s?o os meus irm?os mais velhos, vocês deveriam ser um exemplo para mim, mas pelo contrário, se comportam como duas crian?as mimadas.
Dava para ver que a May, está muito decepcionada connosco. Ela saiu do Casino, pegou o carro do Sr. Foxy e foi embora. Ninguém sabia para onde ela tinha ido.
Um forte mal pressentimento surgiu, alguma coisa de errado estava ou tinha acontecido.
Meu telefone tocou. Era o Sr. Foxy ligando. Mas porquê ele estava ligando t?o de repente.
–Boa noite, Senhor Foxy, posso ajudar em alguma coisa?
–Boa noite, Sr. Clark, a May ainda está no Casino? Perguntou Senhor Foxy.
–N?o Senhor, já faz mais de uma hora que a May saiu do Casino. Ela ainda n?o chegou?
A preocupa??o e a culpa tomou conta de mim, olhei para o Tony que estava deitado na sofá da sala. Nós havíamos preocupado demais a May que ela desapareceu.
–Estranho. Ela já deveria ter chegado. Por favor, se ela aparecer no Casino, nos avise. Finalizou Senhor Foxy.
–Sim, Senhor. Pe?o que nos avise, quando ela chegar na Mans?o.
Desliguei o telefone e pensei, será que algo havia acontecido com a May, por que ela n?o chegou à casa até agora.
Aquilo estava estranho depois pois a May n?o atendia nem o telefone, o Tony havia descansado por um momento e quando acordou eu expliquei o que estava acontecendo.
Aquela foi a primeira vez que vi o Tony chorando. Se eu já estava me culpando, como o Tony estava se sentindo naquele momento, apenas sei que n?o suportava ver o Tony naquele estado.
Decidimos sair para a Mans?o Foxy, lá nós teríamos mais informa??es sobre a May. Depois de tanto tempo, aquela foi a primeira vez que ficamos muito tempo sem brigar, a culpa estava nos consumindo.
Todos estávamos na Mans?o Foxy, apenas o Geremy n?o estava presente e possivelmente n?o sabia o que estava acontecendo.
Naquela época, o Geremy e a May estavam prestes a noivar, a May era o ponto fraco do Geremy. Ent?o, antes de saber o que tinha acontecido com a May, os pais do Geremy decidiram n?o contar nada para ele.
Eram por volta das 22.40 quando o telefone da Mans?o tocou.
–Boa noite! Respondeu o senhor Kim. E de repente o telefone caiu das suas m?os.
–O que aconteceu? Perguntamos todos em coro.
–A May... A May...! O senhor Kim n?o conseguia nem terminar uma única palavra, ent?o peguei no telefone e continuei com a chamada.
–Senhor Foxy, Senhora Foxy, a May sofreu um grave acidente há alguns quarteir?es da Mans?o. Falei enquanto tentava segurar o choro em v?o. Eu já estava chorando.
Virei para o Tony, nossos olhares de culpa se cruzaram, nós éramos os principais causadores daquele acidente.
De repente a Senhora Foxy caiu sentada no ch?o. Nada se passava em seu rosto. A dor era grande que era impossível de expressar.
–Senhora Foxy! Gritei.
Enquanto nos preparávamos para ir ao local do acidente, o Geremy entrou pela porta principal. Todos lan?amos olhares sobre ele.
–O que houve? Por que est?o todos a chorar? Perguntou Geremy.
Onde está a May? Acrescentou.
–Nada aconteceu, apenas tivemos uma pequena discuss?o e a tia Christine ficou assim. Respondeu Tony.
–E a May?
–A May está no quarto dela a descansar, hoje foi um dia muito agitado, por favor n?o a incomode. Respondi.
Parecia que as coisas estavam controladas e procurávamos uma maneira de sair da Mans?o sem levantar nenhuma suspeita.
De repente, Geremy levantou quase chorando.
–O que é isso? Onde está a May? Perguntou já chorando.
–A May está no quarto a descansar. Respondi.
–Se ela está no quarto a descansar, quem está neste vídeo.
Naquele momento o cora??o do Geremy acelerou, mal conseguia controlar a sua respira??o e caiu desmaiado no ch?o.
–Geremy! Gritou Tony chorando.
–Por favor, pai, me ajude a carregá-lo até o carro. Continuou Tony.
As coisas saíram totalmente do controle, o Sr. John e a Sra. Lucy levaram o Geremy ao hospital imediatamente.
O Sr. Foxy e a Sra. Foxy, fora directamente para o hospital onde a May se encontrava. A Sra. Foxy estava muito abalada com aquilo, aquela era a sua única filha, ent?o, ela significava tudo pata ela.
A May tinha sofrido uma pequena les?o no cérebro e consequentemente acabou entrando em coma.
Durante a recupera??o da May eu me afastei do Tony. Nós já n?o brigavamos,mas preferi manter uma certa distancia dele, estava numa mistura de vários sentimentos e precisava entendê-los primeiro.
O tempo foi passando, a May já havia se recuperado, mas estava num momento depressivo, ela havia se distanciado das pessoas, ficava apenas trancada no quarto.
Até que um dia recebi uma chamada da May.
–Pete, pe?o que você venha para minha casa.
–O que? Houve alguma coisa?
–N?o, apenas quero esclarecer algumas dúvidas.
–Tudo bem, chego em alguns instantes.
Corri para a Mans?o Foxy, a May parecia muito séria ao telefone.
A May contou-me que fazia uns alguns meses que o Kai estava no país.
Agora fazia todo sentido, tinha sido o Kai que eu vi no dia do banquete da May. Mas porquê ele n?o disse que estava no país. O que se passava na cabe?a dele.
De repente May fez uma pergunta surpreendente.
–Pete, você tem conversado com o Tony esses dias?
–N?o, por quê?
–Você gosta do Tony, Pete?
De novo esta pergunta, estava t?o na cara assim que eu tinha sentimentos por ele.
–N?o tenho certeza, os meus sentimentos ainda est?o confusos. E além disso, o Tony n?o permite que eu me aproxime dele.
–Deixe isso comigo. Só quero que vocês sejam felizes.
–Você n?o tem nenhum problema com isso? Digo, dois homens namorando juntos.
–Como assim, algum problema, é vossa vida, eu apoiarei cada decis?o que tomarem, se decidirem ficar juntos, ficarei feliz por vocês.
–Muito obrigada, May. O seu apoio é muito importante para mim.
Depois daquela conversa tentei falar com o Kai, mas ele apenas disse que explicaria tudo quando voltasse em dois dias. As coisas foram todas esclarecidas e nós estávamos juntos novamente.