A noite na cidade parecia mais densa do que o normal. Elias caminhava pelas ruas acompanhado de Petilson, mas seus olhos observavam tudo ao redor — desde que reencontrou o irm?o, n?o havia parado de buscar por pistas sobre o projeto Infinity.
— Elias, vamos voltar pra casa. Isso tudo tá me deixando mais confuso ainda. — disse Petilson, cruzando os bra?os.
— Só mais uma volta. Alguém deve saber de alguma coisa...
Foi nesse instante que uma figura apareceu no meio da rua, bloqueando o caminho dos dois. Uma garota de mais ou menos sua idade — moletom escuro, express?o séria, e uma postura de combate. Seus olhos brilhavam sob a luz do poste, focados diretamente neles.
Ela perguntou com firmeza:
— Por que est?o procurando informa??es sobre o Projeto Infinity?
Petilson estreitou os olhos e respondeu sem pensar:
— Isso n?o tem nada a ver contigo!
Em um movimento veloz, a garota avan?ou, tentando agarrá-lo pelo bra?o. Mas Petilson desviou com naturalidade, como se ela estivesse se movendo em camera lenta.
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— O que tá fazendo?! — gritou ele, se afastando com facilidade.
— Por que nos atacar? — questionou Elias, colocando-se entre os dois.
A garota respirou fundo, recuando lentamente.
— Queria ter certeza de que eram vocês mesmos. Só quem faz parte do projeto pode reagir assim. — Ela os olhou de cima a baixo. — Meu nome é Liah. E eu sei parte do que está acontecendo com vocês.
— E por que saberia? — perguntou Elias, desconfiado.
Liah apontou para uma viela escura ao lado.
— Aqui n?o é o melhor lugar pra falar. Se quiserem respostas, venham comigo.
Após um olhar rápido entre os irm?os, seguiram-na até um ponto escondido entre prédios abandonados. Um painel falso no muro revelou uma sala subterranea, com equipamentos antigos, papéis, mapas e telas com imagens criptografadas.
— Isso aqui é... — Petilson murmurou, surpreso.
— Um antigo posto de observa??o usado pelo meu irm?o. Ele desapareceu investigando esse mesmo projeto. Eu continuei o trabalho dele.
Liah apontou para uma parede coberta de documentos. Neles, fotos antigas, nomes codificados, e um símbolo: o ∞.
— Vocês s?o parte de algo muito maior. Mas alguém tentou apagar isso das suas memórias.
— Ent?o foi isso... — Elias disse, quase em sussurro. — As vis?es, o teletransporte...
— E a minha velocidade — completou Petilson.
Liah pegou um pequeno aparelho metálico de uma gaveta.
— Isso aqui é um decodificador neural. Pode ajudar a restaurar o que foi perdido... Mas vai doer. E talvez revele coisas que vocês n?o estejam prontos pra saber.
Petilson olhou para Elias.
— A gente precisa saber. Por nós. Pelos nossos pais. E por todos os que desapareceram.
Elias assentiu. O primeiro passo tinha sido dado. Mas o caminho adiante seria mais obscuro do que imaginavam.
Gostou do capítulo curti aí...