O céu estava nublado naquela manh?, como se refletisse o que Elias sentia por dentro. Ele andava de um lado para o outro, tentando organizar os pensamentos. O quarto de Petilson estava exatamente como ele havia deixado. Nenhum sinal de briga. Nenhuma pista.
Elias pegou o telemóvel do irm?o. Nada de mensagens recentes. A última conversa foi com Marco na noite anterior: apenas um meme qualquer e um “boa noite”.
Ele tentou ligar para os amigos mais próximos. Alguns n?o sabiam de nada. Outros perguntaram se era brincadeira.
Unauthorized tale usage: if you spot this story on Amazon, report the violation.
— Petilson nunca desapareceria sem dizer nada, ele n?o é assim — murmurou Elias para si mesmo.
Sem conseguir ficar parado, saiu para procurar pelas redondezas. Foi até à escola, percorreu os caminhos que o irm?o costumava fazer. Cada esquina, cada beco, cada rua onde eles já andaram juntos agora parecia mais escura, mais fria.
Passou a manh? inteira nisto. Ao meio-dia, voltou para casa, exausto e de m?os vazias.
Foi ent?o que reparou num detalhe pequeno, quase insignificante: a janela dos fundos da cozinha estava ligeiramente aberta. Elias sabia que tinha fechado todas as janelas na noite anterior — como sempre fazia.
O cora??o bateu mais forte. Ele foi até a janela e olhou em volta do quintal. Nada de estranho... mas algo naquela fresta o incomodava.
Naquela noite, enquanto todos dormiam, Elias ficou acordado. No fundo, algo dizia que aquele desaparecimento n?o era um erro, nem um simples “ele foi dar uma volta”. Petilson estava em perigo.
E ele ia descobrir a verdade. Custe o que custar.