Você é feito de pura energia.
Como se pode definir o amor? N?o existem palavras que o possa definir, porque é um sentimento do espírito. Mas, consegue sentir? Isso, que parece que faz a alma explodir e se apequenar, que cria esse silêncio maravilhado é o que se aproxima dele? Como você define o amor?
Come?ou conhecido como universo Thanis, dentro do superuniverso Orv?nton, o sétimo, que quer dizer apenas “o lugar”, como uma referência a algo em especial, e que, após a invas?o pelas sombras, passou a ser conhecido como universo de Nébadon.
Dentro do universo de Nébadon havia uma pequena galáxia, chama Onáriah, que tinha em si o sistema de Satania, com capital em Jerusém, na dimens?o oito. E havia esse mundo que chamamos por Aden, que um dia seria conhecido como Urantia, dentre outros nomes. Ele ainda estava em forma??o, apenas uma rocha derretida girando no espa?o em torno de um pequeno sol recém-nascido, e um outro planeta um pouco mais afastado do sol que se incandescia, que bem mais tarde chamamos de Mitra, e um terceiro planeta, segundo em sua posi??o em torno de seu sol, que nominamos como Vintra, eras à frente. Os três planetas traziam em si imensas possibilidades, o que nos deixou por demais alegres, e os chamamos de as três irm?s, porque suas m?nadas estavam grávidas de possibilidades.
Quando vi os três planetas me enchi de prazer, tal como os outros da família. As sementes que habitavam aqueles pequenos lugares tinham uma can??o suave, cheia de promessas e alegrias.
N?o resistimos, nem quisemos resistir. Sentimos que havíamos encontrado algo que realmente ressoava com nossas almas.
- Esses s?o diferentes – apontou um de nós totalmente enlevado, a luz violeta brilhando livre.
- Deixemos que continuem pequenos, esses mais perto do sol, e vamos projetar nossas essências neles – sugeriu um outro, feliz com as possibilidades que via.
Realmente, aqueles eram planetas que seriam pequenos, conferimos. Eles ainda estavam em forma??o, e levariam milh?es e milh?es de suas evolu??es em torno de seu humilde sol para que vingassem. Mas eram t?o belos, e as m?nadas que neles se instalaram eram de um brilho t?o suave e gentil que todos nós ficamos comovidos.
Ent?o, sabendo que elas ressoavam com o que éramos, decidimos que iríamos ajudá-las.
O planeta mais próximo dos três era o mais sensível, pela proximidade com seu sol. Vimos que em pouco tempo ele seria tornado inóspito na terceira e quarta dimens?es, e ent?o para ele dispensamos apenas carinho.
Mas os outros dois...
Estabilizamos o sol e seus planetas, dando ordem ao caos. Como jardineiros, tomados de um projeto maravilhoso, nos empenhamos em tornar aqueles lugares, principalmente o terceiro e quarto planetas, em magníficos jardins.
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Para o terceiro planeta trouxemos um outro quase da metade de seu tamanho e os unimos, e dessa uni?o poderosa surgiu um cintur?o de destro?os, que fomos juntando até que criamos uma lua que fixamos em seu céu. Também trouxemos água que irrigamos seu solo de fogo, e criamos vida celular, que com extremo carinho cultivamos e criamos, fazendo evoluir em número e novas formas.
Para o quarto planeta fixamos duas luas pequenas, sem muitas pretens?es devido ao seu tamanho, apesar de ser ele que nos dava as maiores esperan?as. Trouxemos cometas e irrigamos sua superfície, e também nele nos esfor?amos em criar vida, que rapidamente foi evoluindo. Esse amadureceu mais rapidamente que o terceiro. Apesar de termos ficado tentados a fixar um pequeno planeta para orbitar na quinta ordem, resolvemos que n?o seria aconselhável, visto que o tamanho dele, em compara??o com o pequeno quarto planeta, poderia frear perigosamente o movimento orbital daquele, tanto ao redor do sol quanto em torno de seu próprio eixo. E também, o que definitivamente nos desestimulou desse novo planeta foi que, se tentássemos colocar algum corpo naquela posi??o teríamos que protegê-lo do poderoso gigante de gás que se fixara nas proximidades.
- Sinto-me tentado por esse quinto planeta, que para mim se chama “Lua Solitária” – Dangelo confessou. – Mas reconhe?o a sua impossibilidade – falou, a custo dando-lhe as costas.
Já, o terceiro planeta, incrivelmente fecundo, nos exigiu um nível maior de controle. A vida ali se multiplicava ferozmente e em tal diversidade que nos maravilhava. Mas, Mitra tinha prioridade, e tínhamos uma linha de tempo como plano mestre. Assim, quando a vida disparava no terceiro planeta, estando fora do tempo de matura??o ou quando mostrava que estava evoluindo para uma forma n?o planejada ou n?o desejada, extirpávamos aquela linha de tempo e a recriávamos em uma nova forma, tendo muito prazer nisso.
Apesar da linha de tempo do segundo apontar que seu tempo seria extremamente curto, nos empenhamos nele também. Trouxemos água e irrigamos sua superfície, mas n?o trouxemos qualquer lua, porque seu movimento já se mostrava com potencial de retardamento pela proximidade com o seu sol
Para os três fizemos algas e trocamos o ar, e fizemos formas de vida mais evoluídas. Com inaudito prazer planejávamos e criávamos em nossos espíritos essas novas formas, e as passávamos para os três planetas, que as fecundavam em seus ventres e lhes davam as formas mais diversas e mais densa, ornamentando-se com elas.
Todos nós, a cada forma animada que surgia e vingava, nos alegrávamos e cantávamos e dan?ávamos.
éramos felizes, como crian?as soltas no paraíso.
é certo que todos os planetas eram belos e singulares, mas n?o havia nada que se equiparasse às três irm?s.
E os jardins que passamos a ser junto com elas cresceram em número de belos e majestosos seres, de plantas, animais e cristais, e montanhas e rios e ar. Nada era perdido ou feio ali, e nossas almas n?o se continham de amor e felicidade.
- Aqui está... – sorri satisfeito, observando a vida que se desenvolvia na superfície dos planetas.
- Muitos irm?os est?o vindo para cá e entrando nas formas que criamos. Todas as formas est?o se animando – falou um que estava ao meu lado, maravilhado com o que acontecia nas águas, no ar e na superfície sólida das três irm?s.
- Essa é Aden, o paraíso, a prenhe de vidas – apontei para o terceiro planeta, - e aquele quarto planeta é Mitra, e aquela é Vintra – disse sobre o segundo, nomeando às três irm?s, transbordando de felicidade.
- Veja, Aden está realizada. A parceria conosco está criando um paraíso como nenhum outro, e ela sabe disso – reconheceu um outro, totalmente satisfeito. - Ela é muito rápida e muito fecunda – saboreou.
Talvez tenha sido por isso que tudo aconteceu.
T?o entretidos estávamos com aquelas maravilhas que n?o vimos o que estava acontecendo ao lado e em outros universos e multiversos, que se expandia violentamente por lá, como uma onda escura e irresistível. Mas, mesmo que tivéssemos visto, n?o conseguiríamos entender o que era, e nossa surpresa seria a mesma.
Como poderíamos ter-nos preparado?
éramos simples demais em nossa inocência, naqueles primeiros tempos.